sexta-feira, outubro 23, 2009

conversa de botas batidas.

vontade de sentir sensações que eu nunca conheci e nem dei importancia a conhecer na vida.
hoje joguei todas as minhas tralhas foras, livros inúteis, cartas e bilhetes sem importancia, provas que gabaritei no ensino medio, provas que tirei 0, aquelas de matematica que eu nunca vou aprender mesmo...
faz algumas semanas que sinto minha vida passar em sursis, como se eu tivesse em uma grande esteira rolante vendo tudo passar, tudo evoluir, tudo decair.
eu já não estudo mais como eu tanto gostava antes... nao tem mais prazer, nem mais tesão em aprender coisas novas que eu sei que vou esquecer em meros dias ou ate mesmo em horas.
já nao escuto mais as musicas que antes me agradavam tanto.
já nao escrevo mais com tanta paixão. nem no meu caderno, nem aqui, nem em lugar nenhum.
já nem leio mais meus e-mails. alguns de meus livros se vestiram com poeira.
minha vida se resumiu a um imenso nada, dentro de uma bolha, vivendo na minha própria ostra. me sinto, lá dentro, uma embriagada de vinho tinto explicando pro estrangeiro ao meu lado: suddenly my life is shit.
eu conheço pessoas que digo que amo, mas tenho tanta preguiça, sou tao folgada e mesquinha que tenho vontade de tranforma-los em marionetes para controlar suas palavras que me machucam, seus sentimentos indiferentes, suas conversas desgradaveis, seus amores rídiculos que me fazem cada dia mais acreditar que amor, aquele amor mesmo, não existe.
todos foram embora. pai, mae, avôs, tios, tias... só aparecem em momentos de tragedia ou festa.
o namorado tambem esta na esteira rolante comigo, so que na outra esteira rolante. a dele, eventualmente vai tomar um caminho diferente, e esse vai ser o dia em que finalmente vou perde-lo de vista.
somos dois barcos em rios diferentes...
somos dois.
seremos só um... seremos cada um por si.
eu não consigo mais alcança-lo, e ás vezes me falta a força que devia vir dele para me buscar também.
jogo sujo.
eu gosto tanto dele que é capaz dele gostar de mim também.
minha determinação ja se foi. não tenho mais vontade de aprender bolero, nem desenho, nem costura, nem alemão, nem gamão...
eu cansei das minhas obrigaçoes.
já tá ficando tarde, o café se esfria sozinho, o vento para de soprar as folhas pra dentro da minha janela, quando vou olhar o dia já se escureceu, e eu fiquei aqui, parada, sozinha a contemplar o meu proprio teto.
eu sei da minha vida. eu sei dos meus erros fatais.
mas um belo dia vc acorda, vai no banheiro, lava o rosto and the mirror says: who the fuck are you?
quando nada mais faz sentido é sinal de que você se perdeu.

mas sabe quando vc já esta quase morrendo na cama de hospital e sente o doutor te recussitar com os choques?

domingo, junho 28, 2009

e o Rio de Janeiro continua sendo...



Só percebi que estava de volta á BH quando o onibus ja estava á 5 minutos da rodoviária.
Havia adormecido com um livro na mão nas ultima hora de estrada.
Olhei bem pela janela, a capital mineira estava submersa a um céu pálido, dia claro, porém nublado, e as ruas pouco convidativas. Minha ciade nunca me parecera tão indiferente ao me ver.
Eu não queria sair do ônibus. Fiquei analisando vagamente as diferenças entre as minhas duas cidades favoritas, e o fato é que quando sexta entrei no mesmo ônibus para ir ao Rio de Janeiro, não conseguia nem dormir na viagem de tanta excitação e pensamentos a mil por hora na cabeça. Até tentei dormir, pra ver se as seis horas de viagem passariam mais rápido, mas foi inútil.
Envolta por pensamentos e reflexões que não me fariam chegar a lugar algum, confortável e quentinha nas minhas duas poltronas foi inevitável não dormir na viagem de volta a Belo Horizonte.
Ao chegarmos ao centro de BH, ali pela avenida do Contorno, o onibus permbulava devagar por causa do transito intenso daquele horario. Abrindo os olhos, acordando do sono pesado ao qual eu havia entrado e ainda cansada das 6 horas de viagem, lentamente fui percebendo os taxis que já não eram mais amarelos. Não haviam mais tantos predios enorme e apartamentos. Os pães de açucar do Rio de Janeiro se transformaram em belos horizontes. As blusas horrorosas do flamengo, haviam sido substituídas por blusas igualmente horríveis do cruzeiro. As mulheres voltaram a ser mais simples, de belezas recatadas, bem vestidas, que mesmo cobertas nao deixavam de dispersar olhares, diferentemente das cariocas que de lá só exibiam seus pecados públicos, o corpo sarado, coxas, cabelos, seios e olhos repleamtos de segundas intençoes. Os bares de fim de tarde tocavam sertanejo, com mineiros que acompanhavam suas letras musicais por entre uma xicara de café e um pão de queijo.
Minha cidade não apresentava mais os perigos do Rio, tinha um ar tranquilo de fim de tarde belo horizontina, eu assistia áquilo tudo pela janela do meu ônibus, como se fosse um documentário da TV.
e meu coraçao voltava a ser sozinho...

de volta a minha cidade que podia até não ser "maravilhosa", ou ter um cristo redentor a me observar, mas que tinha um lugar especial bem grande reservado no meu coraçao, isso tinha.
Uma cidade que só não me tem por completa devido as enormes correntes e obrigaçoes que me prendem á ela, não me deixando escolha a não ser fugir e o mais rápido que eu puder.
Essa cidade, que apesar de não ter mar, pra mim sempre foi perfeita, e eu nunca me mudaria se esta nao me tirasse a vontade de viver aqui por nao me oferecer a liberdade que eu tanto mereço e sem a qual nao sobrevivo. Por fazer pesar no meus ombros os piores sentimentos e acontecimentos da minha vida, uma cidade que já não perdoa mais o meu passado.
Essa cidade que apesar de ter tanta gente diferente e interessante, nao me faz meu coraçao bater forte por ninguem, a nao ser por um carioca pelo qual eu havia acabado de me despedir.
E até nisso o Rio tinha de melhor!
ao lembrar do rosto de menininho dele ao acordar me chamando de princesa, dos beijinhos como peixinhos a nadar no mar, do meu aprendiz de forró, dos pedalinhos na lagoa Rodrigo de Freitas, das nossas desavenças de Ipanema e das mãos dadas no cinema.
Comecei entao as inexplicáveis saudades de sempre, que só vao acabar quando nos vermos de novo para entao começar novamente na rotina de nos despedirmos sempre.
E eu juro que se depender de mim essa rotina acaba logo.

Mallu e Camello " I can't believe I found someone like you around"



Eu sempre escutava as musiquinhas da Mallu, sem nem saber quem era, ou de onde era. Acho as musiquinhas dela bem originais para o padrão musical brasileiro, a vozinha doce dela lembra essas cantoras americanas super bonitonas cantando em algum Salloon americano, de vestidinho vermelho, lindas, leves e soltas em cima de um piano de bar.

Me surpreendi bastante, quando a algum tempo atrás descobri que a Mallu Magalhães é apenas 2 anos mais nova que eu. É impressionante, achar garotinhas como ela que com essa idade cortam o proprio cabelo pra dar pra criancinhas com cancer (isso aê.), tocam com tanta originalidade, tem esse vozerão e estilo próprio, com um ingles impecável (12 das 14 musicas do album dela são em inglês), e ainda por cima tem como ídolos Bob Dylan e Jhonny Cash (eu mesma tenho amigas da idade dela que nunca ouviram falar destes ultimos e curtem mesmo é um pancadão).
Essa menininha tem um jeito proprio, ela eh meio desligadinha do mundo, mas é isso que deixa ela mais querida ainda. Super humilde, ano passado pediu de presente de 15 anos, ao invés de uma festa, grana pra gravar as musiquinhas que ela mesma compôs. Pronto, foi só colocar no myspace e foi um sucesso.

Esses dias abri vi no globo.com que ela tava namorando o Marcelo Camelo, e nata fez mais sentido do que os dois juntos.
Tava causando a maior polémica porque é pedofilia da brava, mas e daí nê?
Eu sei que a lei é clara, e serve para todos. Ele deve ser uns 15 ou 20 anos mais velho que ela e ela deve tar nas nuvens, afinal, quem é que não estaria se estivesse namorando do dia pra noite o cara que ela teve como ídolo desde a época do Los Hermanos?
Não acho que seja jogada da midia, e a Mallu não tem cara de que faz essas coisas, como disse ela parece ser bem humilde apesar de ela ter uma voz maravilhosa.
Alem do que jogada de marketing nesse país tem que ter mulher pelada, video pornô de ex participante do big brother, o sexo na praia.
Os dois me parece super apaixonados, e ele nem aí se ela tem 16 ou 40 anos.
Eu, por mim mesma, conheço inúmeros adultos com seus 30 anos, com uma mentalidade de 16, e essa garota, só tirando conclusões pelas musicas que ela própria compôs, tem uma mentalidade bem avançada pra idade dela.

Hoje vi um video dos dois cantando juntos num show em Recife. Ela entra e corre pros braços dele igual uma menininha envergonhada pela multidão, ele a abraça com um carinho quase que paternal, e quando começam a tocar com uma musica de autoria dele "Janta", ela começa a chorar descontrolada mente de emoção (ooohhhh).
Achei fofissimo ele dando beijinhos na nuca dela, e a partir daí nem ligo mais pro que a mídia diz, nem a que ponto a lei impede que os dois fiquem juntos.
Pelo que vi, os pais dela mais do que aprovam o namoro com o Marcelo (e que pai e mãe nao aprovariam né???).
Estranho seria se a Mallu tivesse namorando aí um bombadão que faz novela da Globo. Isso sim, nao faria sentido.
Essa historia ainda vai dar muito pano pra manga, e a carreira de Mallu, o love affair com Camelo, sem dúvida, só vai trazer boas contribuições. ;-)
Eu duvido muito que o Marcello esteja se aproveitando da inocência da pobre garotinha, como li em alguns blogs por aí.

além do mais, amor sendo correspondido vale tudo, certo?

pra quem quiser conhecer mais das musiquinhas da Mallu:
http://rapidshare.com/files/229676469/MALLU_MAGALH_ES_-_2008_-_MALLU_MAGALHAES.rar
eu indico "Her day Will Come", "It Takes two to Tango" e "Swalk".

sábado, junho 06, 2009

I choose something different. I choose LIFE.

Dentro de casa, a mal criada, rabujenta, respondona, desobediente, feiosa, sem modos - "machinho de saia", como a chamavam quando era pequena; Mais tarde, a dramática, escandalosa, chata, ainda mal criada e respondona, problemática, depressiva, folgada, vulgar, infantil... e mais uma série de adjetivos que prefiro não citar.
Foi assim a vida inteira;
a irmã mal exemplo para a mais nova.
a neta sem caráter.
a filha "mal amada" - como um dia disse a minha mãe.
o inferno que tira a paz dentro de casa - como diz meu pai.
para o meu irmão mais velho, um parasita.
para os tios não sou nada.
para os primos... que primos?

e com esta serie de adjetivos a que fui designada pela minha família, tive a audácia de criar um adjetivo para mim mesma - a destinada.
e sendo toda essa montanha de lixo que sou, tenho ao menos o orgulho ao dizer que não sou em absolutamente nada parecida com vocês.
Hipocrisia tamanha a de voces, em dizer que não tenho que ir embora para bem longe. Hipócritas sim, e esse adjetivo eu tambem não herdei.
Acho engraçado quando voces dizem que eu não "posso" ir embora. Vocês vivem dizendo isso, mas nunca me abraçaram e pediram por favor pra eu ficar. Eu sou completamente desnecessária aqui, e são vocês que me passam isso.
Vou embora pra vocês que tanto amo serem felizes e se afogarem um nos ouros, e não em mim.
Eu quero muito ser feliz.

quinta-feira, junho 04, 2009

Ser brotinho é...



Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.

Ser brotinho é não usar pintura alguma, às vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestido tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. Ser brotinho é lançar fogo pelos olhos.

É viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a contemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. É passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida de lata e cortar o dedo. Ser brotinho é ainda possuir vitrola própria e perambular pelas ruas do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de elepês coloridos. É dizer a palavra feia precisamente no instante em que essa palavra se faz imprescindível e tão inteligente e natural. É também falar legal e bárbaro com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância.

Ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter a bolsa cheia de pedacinhos de papel, recados que os anacolutos tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, uma cédula de dois cruzeiros com uma sentença hermética escrita a batom, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser brotinho é a inclinação do momento.

É telefonar muito, estendida no chão. É querer ser rapaz de vez em quando só para vaguear sozinha de madrugada pelas ruas da cidade. Achar muito bonito um homem muito feio; achar tão simpática uma senhora tão antipática. É fumar quase um maço de cigarros na sacada do apartamento, pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas.

Ser brotinho é comparar o amigo do pai a um pincel de barba, e a gente vai ver está certo: o amigo do pai parece um pincel de barba. É sentir uma vontade doida de tomar banho de mar de noite e sem roupa, completamente. É ficar eufórica à vista de uma cascata. Falar inglês sem saber verbos irregulares. É ter comprado na feira um vestidinho gozado e bacanérrimo.

É ainda ser brotinho chegar em casa ensopada de chuva, úmida camélia, e dizer para a mãe que veio andando devagar para molhar-se mais. É ter saído um dia com uma rosa vermelha na mão, e todo mundo pensou com piedade que ela era uma louca varrida. É ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. É ter uma vez bebido dois gins, quatro uísques, cinco taças de champanha e uma de cinzano sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só um cálice de vinho do Porto e ter dado um vexame modelo grande. É o dom de falar sobre futebol e política como se o presente fosse passado, e vice-versa.

Ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de salmão para o coitado. Mas o bichinho comeu o salmão e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. Ter horror de gente morta, ladrão dentro de casa, fantasmas e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.

Ser brotinho é adorar. Adorar o impossível. Ser brotinho é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijama telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina, tão estranha é a vida sobre a Terra.


Li essa cronica em um livro do Paulo Mendes Campos ontem a noite, terminei com um sorriso imenso no rosto, como se houvesse acabado de ver um filme de cenas extraordinárias, levitando a uns sete palmos, dizendo e concordando pra mim mesma "tão estranha é a vida sobre a terra..."
Uma otima recomendação de livro para quem quer se perder lendo: O Cego de Ipanema - Paulo Mendes Campos

domingo, maio 24, 2009

Desordem disfórica pré-menstrual, ou carionhosamente apelidada: TPM.



Tensão Pré-Menstrual: Sensação de que o mundo vai acabar antes da mesntruação.
Numa dessas aulas sobre o sistema reprodutor feminino, quando eu tinha 15 anos, meu professor de Biologia disse: "esse negocio de TPM, não existe."
Eu levantei a mão e perguntei sutilmente: "O senhor já menstruou?", ele respondeu que não. "Ah, então ta bom." encerrei.

Essa semana, eu tive que tomar 8 comprimidos para dor de cabeça. Eu pensava que fosse pelo fato de ter estado doente, com febre e dor de garganta, mas descobri que isso tudo é brincadeirinha de criança perto de uma TPM quando resolve aparecer de forma avassaladora.
Meu pai que essa semana teve a sorte de ficar em casa e não viajar, me perguntou o que é que eu tinha, pois já era o terceiro comprimido que eu pedia a ele.
- Pai, eu estou DOENTE! fiquei doente a semana inteira! dor de cabeça é sinal da minha fraqueza ainda!
- Minha filha, você já viu se está prestes a... "chegar naqueles dias?"
(O QUE?! COMO ELE OUSA?!?!)
- Como é que é? o que é que isso tem haver com voce?! e c com a minha dor de cabeça?!
Peguei o ultimo comprimido que ele tinha e saí, fui pro meu quarto bati a porta e deitei na cama. Foi aí que comecei a pensar que talvez meu pai poderia estar correto... Ele, com toda sua experiência de casado, convive com a minha mae a mais de 20 anos, e a minha mãe não é lá uma mulher muito fácil. Na sua TPM então, é um Deus-nos-acuda.
Fiz as minhas continhas, olhei no calendário e eu realmente estava sim, naquele período crítico em que toda mulher sente vontade de matar todos e a si mesma.
Essa semana quando tava indo pro cursinho, eu vinha correndo pelas ruas da Savassi, já atrasada pro meu segundo horario. E meu cursinho, já tem uma política bem IMBECIL, de que se o segundo horario começa ás 8:00 da manha, se voce chegar as 8:01 você não entra.
Lá estava eu na minha corrida matinal, com meus livros e cadernos pesando na mochila, na esquina do meu cursinho quando ouço o sinal pro segundo horario bater.
Então eu disparo, e chego a portaria alguns segundos depois. Feliz por ter chegado a tempo(pensava eu), quando vou passar a minha carteirinha na roleta, Ed, o porteiro, um moreno alto gordão que fica na portaria, daqueles que parecem segurança de celebridade em filme americano, disse que eu não poderia entrar. Que ja havia passado um minuto do horario.
Foi automatico, na posição que eu estava, girei a minha cabeça para ele, como se fosse um robô, ainda tentando passar inutilmente a carteirinha na roleta e perguntei:
-COMO FOI QUE DISSE?
-Você não pode entrar.
-PORQUE?
-Esta um minuto atrasada.
-EU... QUE.. MAS.. AHHHHHHHH!!!!!!!!
é. foram sons meio inexplicáveis que saíram da minha boca. ele olhava pra mim boquiaberto.
-EU ESTOU 28 SEGUNDOS ATRASADA E VOCE NAO VAI ME DEIXAR ENTRAR?!?!
-olha... é só esperar para o próximo horario... o diretor não deixa e...
-NAO!! VOCE DISSE QUE EU NAO POSSO ENTRAR PORQUE EU ESTOU 28 SEGUNDOS ATRASADA! eu VIM CORRENDO DESDE A RUA PERNAMBUCO, CHEGUEI AQUI EM TEMPO RECORDE, ESCUTEI O SINAL DA ESQUINA E VOU PERDER O MEU HORARIO PORQUE VOCE NAO ME DEIXA ENTRAR!!
entao, para piorar as coisas ainda mais, eu vejo a minha professora subir as escadas ranquilamente com o seu copinho de café.
-A MINHA PROFESSORA NEM ENTROU NA SALA AINDA!! DEIXA EU ENTRAR!
-Desculpe, não posso. São normas do cursinho.
Eu o metralhava com o olhar. Pobre coitado só estava cumprindo ordens.
E eu diante dele, analisei siatuaçoes e cheguei a conclusão que com o tamanho dele eu perderia na força. Joguei a minha mochila no sofá da recepção e saí pra rua. Andando na calçada assim que saí ví meu amigo Pedrão, olhei pra ele com uma cara de cachorrinho sem dono e quando vi ja tinha me jogado pra cima dele me debulhando em lágrimas. Ele intacto no chão sem entender nada, e eu lá molhando todo o ombro dele soluãndo "o Ed não deixou eu entrar... e .. eu tinha chegado so alguns segundos atrasada.. e .. eu corri tanto!! e..."
Ele olhou a minha cara toda chorosa e me disse cinicamente: "por favor, me diga que isso é TPM".
começamos a rir entao e a minha crise passou. francamente, ser mulher é uma coisinha bem complicada. Tenho pena dos homens que aguentam a gente nessa fase.
Meu namorado esses dias então, se pudesse me estrangular com o fio do telefone ele não pensaria nem duas vezes. Aposto que ele deu graças a Deus por tar bem longe de mim la no Rio de Janeiro.

A gente faz umas coisas bem anormais nessa fase mesmo. Uma amiga minha comeu 100 empadinhas. Isso mesmo, cem, em um dia só. Eu mesma, ontem a tarde comi 50 pães de queijo e saí de pijama na rua so pra comprar 3 pacotes de biscoito recheado que comi vendo um filme só. Um filme que ja assisti trocentas vezes e chorei que nem um bebê no final.
Mal consegui estudar esse final de semana porque ficava me distraindo toda hora com coisas inuteis, gritei da janela do meu apartamento pros vizinhos que passaram e deixaram o portao aberto e a porra do alarme irritante ficou tocando meia hora na minha cabeça.
Comecei entao a relembrar alguns fatos da minha vida e fiz umas continhas no meu calendario menstrual, pra ver se todas as merdas que eu tinha feito, eu fiz no meu periodo crítico e insano pré-mensrual. SURPRESA! a maioria de todas as grandes e pequenas merdas que ja fiz na minha vida, caíram coincidenemente no meu periodo de TPM.
Merdas como fugir de casa aos 13 anos para ir a uma boate com os amigos. (ah, se me lembro bem, este unico feito da minha pessoa me custou 7 vidas encarnadas, e um pecado pelo qual pago até hoje dentro de casa).
Enfim.
Um site chamado Clube da TPM explica que há vários tipos de TPM. Tipo A, Irritação, tipo C, Dor de cabeça e loucura por doces, tipo H, retenção de líquidos; tipo D, depressão, choro fácil…Aí eu descobri que o meu tipo é ABCDEFGHIJK.
A unica coisa boa que tirei disso tudo quando fui pesquisar, é que ao contrario do que muitos pensam, chocolate é uma ótima opçao nessa fase. Parece que tem uma substancia que nos leva ao êxtase puro e nos ocupa de algo para que fiquemos mais relaxadas. Eu resolvi ficar com essa opção.
Aiai... Hoje é um belo dia para sentar, comer chocolate e esperar pela minha menstruação.

sexta-feira, maio 15, 2009

Curriculum: Formação Acadêmica de Cinismo (FAC), e Tecnicas Estratégicas de Falsidade (TEF)


Vocês ja repararam como são os atendentes das lojas de roupas hoje em dia?

Aliás, não só em lojas de roupas, pode ser de sapato, oculos, maquiagem ou whatever. O importante é que quando se trata de beleza exterior, o cliente deve ser tratado com toda atenção, carinho, e é claro respeito. Mas o mais importante é ter aquele diploma de puxa-saquismo na mão e bajular o cliente como se ele fosse o ser mais poderoso, bonito e elegante do mundo.
Sempre entramos na loja, seja pra olhar ou pra realmente comprar algo, com aquele sentimento de diminuição, ao olharmos para todas aquelas roupas lindas e caras nas vitrines e nos cabides, desejando que estivessem todas no nosso guarda-roupa.
Você começa a desprezar o que tem em casa, sente vergonha até pelas roupas que você tá na corpo, que nem são tao ruíns assim, mas é claro que as do manequim são melhores.
Acho que isso se deve ao fato de você ja entrar nas lojas (principalmente nas de griffe), com a auto estima la em baixo, só de olhar pras vendedoras. Todas parecem ter saído de um desfile de moda, super maquiadas e de salto alto, sempre com aquele sorriso enorme e branco, símpaticas, prontíssimas ao seu dispôr. As atendentes sempre usam as roupas da própria loja, o que já acentua mais ainda a beleza delas e lhe induz a comprar o que ela está vestindo, com a doce ilusão de que voce vai ficar tão bonita quanto ela ficou com a roupa.
Nessa semana, fiz o favor de ir com um amigo meu ao shopping mais caro da cidade, na proposta de ajuda-lo com o presente de dia dos namorados para a namorada dele que tinha o gosto e um corpo parecidos com os meus. Fomos á procura de um vestido que fosse bonito, de ultima moda, e cujo o custo não ultrapassaria 300 reais. Fomos á Colcci, Farm, Espaço Fashion, Osklen, Ágatha, Animale e uma séria de lojas que davam vontade de morar lá dentro, de tão confortável que você se sentia, tratado como um rei por belas atendentes, com aquela carinha de quem nem pensa na comissão.
Sim, meu amigo quase desistiu do presente e da namorada. Aliás quase desistiu foi da namorada pra dar o presente para a própria atendente.
Mas, por sorte eu estava ali para tira-lo da ilusão e faze-lo entender que elas só estavam olhando pro bolso dele e não para aquele charme de "namoradinho atencioso" que elas falavam que ele exibia.
Logo foi euzinha aqui linda e loira experimentar uma série de vestidos. (os vestidos que euuuu queria para mim, é claro. Mas que não eram pro meu bico, por enquanto.) Escolhemos um por um a dedo, mas é claro que atendente tabém tentou enfiar o dedo dela nos mostrando sempre os vestidos mais caros.
Se fosse só isso, tudo bem, ela só está fazendo o trabalho dela e pensando na comissão, mas nããão. É a falsidade AGUDA que me tirou do sério.
Fui ao provador com aqueles vestidos e quando eu saia pra mostrar pra ele como tinha ficado, a atendente já vinha me empiriquetando toda...
"ai coloca essa cabelo desse jeito que vai ficar lindo! nossa que pescoço bonito! merece um colar e eu tenho um aqui que vai ficar ótimo com esse vestido! oh, por falar nisso está faltando um salto aí! quanto você calça? peraí que eu tenho um sapato maraaaa que foi feito pra você! só um minutinho. o que? não está usando brincos? mas voce tem "orelhas" tão bonitas! estes aqui vão ficar uma graça! (... mais 15 minutos de sujestões ... ...)"
E a mulher não parava de falar. E quando eu lhe disse que o vestido não era pra mim, e sim para a anmaorada do meu amigo, ela mudou sua postura completamente e foi para o lado dele, jorrando elogios, de como ele era um bom namorado, dizendo-lhe como ela queria um HOMEM assim para ela. De repente ela acaricia os braços do meu amigo, dizendo lhe "olha ela vai amar este vestido, ainda mais se for com aquela bota alí, de couro legítimo! ela vai ficar linda, bla bla e os brincos bla bla o colar combina com tudo bla bla bla (... ... ...) "
Pobre o do meu amigo. Se eu não estivesse lá, ele teria levado tudo, hipnotizado por aquela boca que não parava de falar, e com as mãos macias no seu braço, como quem não quer nada. Tirei ele da loja o mais rapido possível, mas o mesmo aconteceu inúmeras vezes em várias outras lojas visitadas depois.
Encontramos o vestido pefeito, com nenhum outro acessorio, e á conta dos 300 reais certinhos dele. Mas só Deus sabe o que o pobre coitado teria comprado se não fosse eu lá. Provavelmente teria comprado a loja inteira, nem que tivesse que vender a propria mae e financiar o resto de seus pertences.
Aquelas vendedoras eram realmente de babar, mas falsas que dói. Eu sei exatamente os vestidos que ficaram bem e os que não ficaram, mas para elas todos ficaram perfeitos. Eu chegava na loja, dizia que estava á procura de um vestido, elas iam logo no mais caro e perguntava com aquela carinha cínica:
-A senhora é tamanho P, ou PP??
-PP? Como é que é? Não, não querida, sou um M daqueles bem rechonchudos, e se puder me trazer uns G também, só pra garantir, eu fico agradecida.
Elas, agora com aquela cara de desentendida...
-Jurava que a senhora era um P!
-Nunca serei. Jamais serei. Minha bagagem de trás não permite e nunca despistei nas sobremesas.

Felizmente todos os vestidos que escolhemos ficaram realmente muito bons, certas lojas, não precisam nem de vendedoras puxa-saco, é só colocar o vestido de certo estilista e pronto, se é bem feito, cairá muito bem e nada nem ninguem pode levantar ou abaixar a minha auto estima mais do que eu mesma.
Porque ás vezes parece que a pessoa me acha fraca demais para suportar a verdade, parece que sente pena ou que me acha débil mental. Eu tenho um bom senso, apesar de ser muito insegura. Mas se é pra dar opiniões, que sejam elas diretas e verdadeiras, e com poder de síntese!
Mas a bonitinha ficava la ensebando.
- esse vestido foi desenhado para o seu corpo!
- é mesmo? mas tá meio largo aqui desse lado...
- QUE NADA! é assim mesmo!
- é mais incomoda um pouquinho, vou ter queficar escondendo meu sutian.
- ora entao compre nosso sutian rosa choque de última moda!! voce não precisa esconder porque este aqui é um arraso!! voce viu a menina da novela das 8 usando ele no capitulo de ontem? bla bla bla...


Outro fato que aconteceu, foi hoje no shopping, de novo. Fui com mais duas amigas, sem o intuito de comprar nada, só pra ficar de bobeira no shopping mesmo, comer alguma coisinha e ir embora. Passamos na frente da loja de óculos da Chilli Beans e as meninas foram pra lá completamente hipnotizaaadas pelos vendedores da loja.
Todos pareciam modelos, olhos azuis, 2 metros de altura, o genro que mamae-pediu-a-Deus. Aparentemente não eram só os homens que caem nos encantos das atendentes, mas ás mulheres também.
Ok. Fui puxada por minhas amigas para dentro da loja, e já que estava lá, fui procurar pelo modelo de oculos Rayban Wayfarer que eu era louca. Foi apenas um segundo de distração minha, e quando olhei pra ras, lá estavam ás minhas duas amigas bobonas caindo na cilada dos atendentes.
Uma ao lado do modelo bonitão que lhe acariciava o rosto dizendo que ela tinha "traços faciais" muito bonitos e que aquele óculos (feio que doía) que ela estava no rosto, havia combinado com a beleza épica dela. (oh-oh)
Olhei para a minha outra amiga, e uma atendente tinha lhe enfiado uns óculos maiores que ela mesma, gritando para a outra atendente da loja do outro lado:
- Olha só Juliette! Se não é a "garota-mais-LINDA-que-ja-entrou-nesta-loja"?!? - puxando minha amiga de um metro e meio pelo braço, que olhava toda sorridente para a loja exibindo seus aparelhos cor-de-rosa. completamente iludida e feliz.
Eu olhava tudo aquilo bestificada. E a vendedora não parava com a bajulação.
-GATA! desce lá na praça de alimentação e se você não receber uma cantada com esse oculos em pelo menos 3 minutos, você leva ele de graça!
AH se ela tivesse tivesse falado aquilo comigo... haha eu já tinha vazado de lá com aquele óculos a muito tempo!
Foi uma luta para tira-las lá de dentro. E uma luta maior ainda para segura-las para voltarem lá na porta da loja depois.

E depois de hoje fiquei pensando em como são treinados esses vendedores para trabalhar dessa forma. Aposto que eles tem de ser assim, por causa de algum treinamento nazista que eles recebem antes de começarem a trabalhar pra valer. Daqueles que induzem o pobre coitado a tratar o consumidor com tanto rigor e bajulação que chega-se ate enjoar. Imagino que eles devem receber todos os dias clientes de todas as formas, e isso inclui aqueles clientes estúpidos e mal-educados. Deve ser bem doloroso ter que puxar-saco de alguem insuportável só pelo dinheiro do patrão.

Mas de uma coisa tive certeza: eu sou completamente imune a vendedores cínicos-falsos-ambulantes. Nunca mais caio em ciladas, e se algum dia eu tiver que trabalhar em uma loja de roupas de griffe, que eu tenha um desconto de pelo menos uns 50% nas minhas compras ;-)

domingo, maio 10, 2009

Na esperança de um domingo menos pior...

Chega o dia e a vida está tão chata
Que você pega e se mata
Dá um tiro que parece de canhão
Mas a sua sorte é tão ingrata que ele sai pela culatra
Com licença da expressão.
hoje cheguei a conclusão de que eu sou mesmo uma péssima filha, uma péssima namorada e não sou lá das melhores amigas também.
a palavra "desistir" me soa irresistívelmente encantadora.
eu quero ir embora.
feliz dias das mães.

sexta-feira, maio 08, 2009

"Everything that I am I adore, it's my heart that I need to be sure."
E agente continua, sem preocupar-mos com as consequencias que estão por vir, sejam elas boas ou ruins. De qualquer forma, eu sinto la no fundo que alguem vai sair bastante machucado nessa historia, e eu não vou conseguir me perdoar nunca. Mas toda aquela sensação que sinto já se tornaram viciantes e eu mão consigo mais parar por conta propria. Mal sabemos o tamanho do perigo que já corremos...
O único medo que tenho agora é de descobrir a farsa que sou, ou pior, descobrir que todos os meus planos e sonhos, aqueles que eu achava verdadeiros e desejava com todo o meu coração, não eram o que eu queria realmente no final das contas.
Tem horas que a gente se pergunta se tudo na vida é passageiro. Decidi viver sem planos então, melhor ter apenas uma unica meta num momento da vida e concentra-se apenas nela, e o resto torna-se consequencia. As pessoas que entram e saem são consequencias, os nossos feitos bons e ruins, serão consequencias. As escolhas que faremos pro vestibular, serão consequencias. Seguir nossos sentimentos e quebrar ou não a cara, serão consequencias, e assim por diante.
Então eu vou levando, tentando ser feliz do meu jeito e fazendo o maximo possivel pra nao machucar ninguém no final.
Mas de tanto ficar avaliando e inventando desculpas pros meus erros, descobri recentemente que mentir até pra mim mesma ficou mais fácil.

domingo, maio 03, 2009

O Diário de Bridget Jones



É simplesmente um clássico que toda mulher deve, por obrigação, ter guardado em casa, seja em dvd ou em livro. Pra assistir de bobeira, ou até melhor se for junto com um bando de amigas sem nada pra fazer, e principalmente, perfeito pra se assistir quando estiver frustrada ou puta da vida porque nada mais da certo, seja nos relacionamentos amorosos, ou profissionais ou de auto estima.
é impressionante o quanto você, enquanto mulher, se identifica com toda aquela babaquice feminina, a realidade do que nós somos, sem tirar nem por.
Desesperadas emocionalmente, com homens, amigos, peso, estudos, trabalho, competência. Preocupadas inutilmente e geralmente histéricas sem precedentes simplesmente porque algo nas nossas vidas pode ou não dar errado.
Estamos sempre preocupadas com o que os outros vão pensar, se vamos encontrar o cara certo, se devemos nos entregar no primeiro momento ou se devemos ser difíceis apenas pra nos impor melhor.
Queremos sempre ser o que não somos, e ponto final. Essa é a natureza de toda mulher.
E ao vermos um filme destes, que retrata-se uma mulher (um ícone que representa todas nós), solteira aos 33 anos, jornalista super mal sucedida, que luta de todas as maneiras possiveis e desesperadas, a ponto de elaborar planinhos e escreve-los num diário, para encontrar um namorado, emagrecer, parar de beber, parar de fumar e entre outros. Obviamente, tem "aqueles amigos", nossos amigos, que sempre tem uma resposta teórica para todos os nossos problemas.
Tudo se resume no final das contas ao nosso irreparável medo que temos de um dia ficarmos sozinhas.
E no caso da Bridget, é claro que ela encontra um namorado. E todas nós encontramos. Primeiro vem o mau caráter, o cafajeste que nos tira do sério, um Daniel Cleaver da vida, maníaco por sexo, que não se importa com ninguem a não ser ele mesmo. É por eles que nós nos apaixonamos, acreditamos que seremos uma exceção á parte das cachorras que ele sempre pegou e tratou mal na vida. Que toda aquela diversão e aventura vai se transformar num relacionamento duradouro e sério. Sonhamos abobalhadamente por um cafajeste que nos conforta sempre com as mesmas palavras fúteis, e olham pros nossos peitos, ao invés dos nossos olhos.
E então surge um Mark Darcy, um sujeito bom que acaba gostando de nós do jeito que nós somos, com nossos defeitos neuróticos, nossos kilinhos a mais, nossos ataques de histeria, de ciumes, de baixa auto estima. Esse cara, é o cara que nos coloca pra cima, nos elogia e olha nos nossos olhos, sem ser falso e pegajoso. Aquele cara que pode ate ter uma pinta de cafajeste, mas que no fundo tem olhos só pra você. E é realmente incrivel saber que é esse cara, o qual procuramos desesperadamente a vida inteira. Muitas de nós deixam de viver por causa disso, e cometemos varios erros até acharmos esse, se acharmos, é claro. Por que muitas de nós acabam jogando estes fora, sem perceber, pelo fato de estarmos tão concentradas em nós mesmas. Erramos com os mocinhos, e erramos com os vilões.
É assim que a vida se prossegue... como diz aquele ditado mesmo? A gente vai a vida toda errando com tantos, até acharmos o certo, e não errar nunca mais.

O filme da Bridget vai ser um daqueles classicos do futuro, tipo como o "Bonequinha de Luxo" da Audrey Hepburn é hoje.
E é claro que aquela cena inesquecível nunca vai sair das nossas memórias, o Hugh Grant e o Colin Firth brigando pela Bridget na neve, ao som de "it's raining man", com cacos de vidro voando junto com eles pela janela. Hahaha definitivamente, um clássico sim.

domingo, março 29, 2009

liberdade.


pra quem estuda e quer ser alguem.
para o reconhecimento de todos, ou pelo menos o reconhecimento só pra si mesmo.
pra quem não consegue ser feliz ao lado das pessoas que mais ama. pra quem não vê nem sente o amor e quer ser amado. pra quem precisa...
pra quem sacrifica tudo na vida por um pouco de paz, e só tem o contrario.
pra quem ja sofreu de mais e merece ser feliz.
porque sem o apoio e a força dos pais, é como nao ter nada nesta vida.
e a quem nao tem nada, só resta sumir. desaparecer.
só assim poderemos ser completamente felizes: um sem o outro.

eu passo as noites em claro, se não chorando, estudando.
sabendo que a estrada é longa, é alem do que se vê...
eu sinto a falta dele, eu queria tanto estar com ele!
pra que ele me provasse que tudo no final valhe a pena...
as vezes, de repente, tudo se torna melancolico.
gente começa a entender a infeliz realidade de que a pessoa certa não veio no momento certo da vida.
a gente sente o medo de colocar tudo a perder...
eu queria tanto poder ir lá te ver, mas como se alem da distancia, tem tantas barreiras por quais eu ainda tenho que enfrentar?
eu sei que ele precisa de mim, mas as vezes eu acho que eu preciso muito mais dele.



eles querem que eu escolha entre a vida e a morte.

de um lado, tudo aquilo que eu sempre quis: meus amigos, viajar, conhecer os lugares, conhecer as pessoas, estar bem com meus pais, ter o apoio deles, porque afinal, eu só quero ser feliz... eu me pergunto se eles sabem o que é a felicidde.
eu nao quero magoar ninguem. eu nao quero ser o exemplo de "gente que nao se deu bem".
eu nao vou seguir o mau caminho, eu nao vou colocar no meu corpo as coisas que nao me fazem bem. eu nao sou assim. eu nao sou assim.
eu quero respeito, a tal maneira que lembrem de mim como um bom exemplo. eu quero estudar, e quero nunca parar de estudar.
eu quero conhecer as coisas que eu leio nos meus livros...

e o mundo é tão grande! imagine só...
são tantos lugares! sao tantas pessoas!
para que me restringir ás paredes do meu quarto?
por esse lado, eu lhes apresento a minha morte:
a morte de tudo que acredito. o negro, a sombra que penumbra sobre mim em todos os lugares que eu vou, me fazendo ser quem eu não sou. me tornndo a garota linda e esforçada porem sozinha e cheia dos sorrisos falsos...
entrando dentro de casa e levando todo mundo ao proprio inferno astral.
porque não me deixam viver? porque nao me deixam SER?
eu estudaria muito mais e muito melhor, se me deixassem ser feliz, e fossem felizes comigo. eu seria alguem! eu seria normal.

eu nao preciso do falso moralismo. eu não preciso que finjam que estao cuidando de mim! eu preciso é que cuidem BEM de mim. que não escutem mais chorar a noite. que não me deixem chorar. que não me deixem trata-los mal. que nao me deixem querer sumir!!
essa nao sou eu.
eu nao sei mais a quem me tornei.

...e ainda tem aquela dorzinha insuportável que não sai da cabeça, será que já não era pra eu ter sumido daqui?


radiohead - go slowly

sábado, fevereiro 28, 2009

THE best friend.


Voces já tiveram um amigo, pelo menos um UNICO amigo que vocês tiveram certeza de que a amizade era verdadeira, ja tiveram prova disso, e tambem ja provaram que esse amor da amizade é tao reciproco quanto o dele?

Poisé, o nome dessa pessoa pra mim é Bruna Lacerda!
Hoje na manhã do dia 28 de fevereiro de 2009, olho para o meu iPod, que só fala ter o nome dela em cima. As musicas, todas elas, que aprendi a amar de paixão e mudaram o meu gosto musical de agua, na verdade, xixi, para um vinho tinto francês carissímo ;-)
Todas essas musicas, que nos conectaram, nos fizeram sair de casa de madrugada pra dançar até amanhecer nas boates em que ela começou a me introduzir desde quando eu tinha apenas 14 anos de idade.

E eu certamente me lembro de toda essa transição da minha vida, que com certeza ela fez uma diferença enorme pra mim e na pesso que eu sou hoje.

Não é só o nosso indiscutível bom gosto musical que nos uniu, mas teve também todos aqueles momentos que marcaram pra sempre e que até hoje se a gente para pra conversar a gente ri de todos eles igual rimos da primeira vez que aconteceu.
Fazendo as contas, eu conheço essa garota desde os meus 11 anos.
Nossa amizade começou a partir de um tempo em que ela estudava com meu primo, conheceu os meus outros primos e irmãos, de repente ela conquistou entao toda a minha familia o que ja nao era de se esperar, pois uma peça UNICA como ela é, realmente não dá pra dispensar todo esse charme que ela tem, de apaixonar todo mundo, sua risada (um marca), suas piadas, seus casos e acasos, suas conversas inteligentes, seu bom gosto com musica e roupas, seus cabelos que a cada epoca mudam de cor, seu estilo de vida e de ser, sua mente que nao para de sonhar e enquanto o tempo passa esses sonhos vao ficando bem maior que ela, tais sonhos que hoje tambem me prenderam,... e por aí posso continuar...
Foi entao que inevitavelmente começamos a conversar, ate entao a primeira coisa em comum que tinhamos era a melhor banda de rock do MUNDO que até hoje continua sendo a nossa preferida, Aerosmith.
Enquanto crescíamos, ela alguns anos mais velha que eu, vivenciou comigo toda a minha adolecencia, e sempre pude contar com ela pra todos os problemas que aconteciam.
No final das conas, tanta convivência e confiança resultou numa amizade daquelas que por causa disso, hoje, eu sem duvidas, posso julga-la de A minha melhor amiga.
Por aí vieram as tarde de ócio total, eu ia pra casa dela, ou ela vinha pra cá, deitar no chão e ficar fazendo nada, assistir friends, friends, friends, friends!
(todos aqueles episodeos que nunca perderam a graça! e que até hoje gente repete as frases do chandler e o do joey), os nossos comentarios pro the o.c, e mais uma duzia de programas e filmes que assistimos juntas, que com certeza marcaram mais por causa disso.

Ela se tornou pra mim uma amiga, uma mãe da minha idade, uma irma , um IRMAO!
"Irmão". um apelido que nunca mais acabou desde uns 3 anos atras quando assistimos Procurando o Nemo. Crush & Squish, era ela e eu, entrando pela Corrente Leste Australiana!
Ela virou o meu "irmão" e hoje nem lembro direito qual foi a ultima vez que eu chamei ela de Bruna e não de "Irmao".

Ela de fato, sempre foi pra mim como uma irmã. As vezes a mais velha, e as vezes a mais nova. Quantas vezes tomamos conta um da outra? Quando a gente nao tinha ninguém pra recorrer, naquelas horas em quem a vontade de explodir era enorme, era só ir passar uma semana na casa dela, ou ela na minha!
dias que sozinhos seriam sombrios, porem form os mais divertidos, os mais inesquecíveis. E sei que daqui a muitos anos, quando estivermos já com a nossa vida feita, talvez casadas, com filhos e netos, se nós pararmos pra conversar vamos lembrar de todo aqueles momentos juntas.

Esse mes entao ela vai embora, vai trabalhar fora e vai conhecer os lugares mais bonitos do mundo, vai irar fotos maravilhosas, ganhar o proprio dinheiro dela e só Deus sabe quando ela vai voltar de novo. Mas principalmente, essa vi ser a etapa mais importante da vida dela, e eu sei disso, porque ja passei mais ou menos pelo mesmo tipo de transiçao social... ao mesmo tempo será bom, e ruim, vai ter momentos que ela vai sentir infeliz, com saudades, vai ter vontade de desistir. Sei que ela será forte, a amiga que eu conheço, com todo aquele orgulho vai voltar só quando estiver pronta, madura, bem mais esperta, inteligente, linda e DIGNA ao cuboooo, porem com aquele jeitinho de Bruna que este eu sei, que nunca vai mudar!
Por isso eu nunca reclamei, ou pensei nessa viagem de um forma negativa pra ela, desde o momento em que fiquei sabendo.
Sinceramente era tudo o que ela precisava. E hoje sinto mais orgulho ainda dela por tar fazendo isso tudo.
A tristeza vai vir, quando eu tiver aqui precisando da minha melhor amiga, minha companheira que sempre me deu um ombro pra chorar e um motivo pra sorrir.
Mas eu aguento, e quando esses momentos vierem, é so escutar as nossas musicas, ver as nossas fotos, e lembrar das nossa IDIOTICES juntas!!

Irmão, conheci voce, cresci MUITO, aprendi com voce coisas que jamais esquecerei (tanto as boas quanto as ruins), nossos momentos foram melhores impossíveis, inesquecíveis e divertidissimos ao extremo. Aprendemos juntas que amigos, colegas, vem e vão, mas que a nossa amizade durará até toda a eternidade, como durou até agora, passando por todos aqueles momentos dificeis e decepçoes com outros amigos.
Sempre recorremos uma a outra, sempre cuidamos de nos mesmas, e hoje sei que todo o amor que cresceu de mim por voce, cresceu de voce pra mim!
Amizade é a base de confiança e isso eu nunca vou faltar com voce!
Hoje não só confio em voce, como me espelho em voce, admiro voce, e sinto o maior orgulho do mundo por ter VOCE como a minha melhor amiga!
Quero que saiba quede todo o meu coração desejo uma boa viagem, (só nao vai ser a melhor porque a melhor vai ser comigo em Ibiza!). Vai embora sabendo que uma amiga verdadeira e fiel ta aqui te esperando no aeroporto quando voce voltar, e que sempre que precisar é só chamar, seja em terra, ceu e mar!
Momentos como esses que a gente passou nos ultimos nos, vao se repetir e muito mais intensamente quando voce voltar!

TE AMO IRMÃÃÃÃÃO!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

sem vida, ate dia 29/11 !


vestibular é um caos!
quando fui fazer a minha maricula dia 10/02, meus amigos, assinei minha sentença de morte.
nao porque o cursinho é ruim. muito pelo contrario!
gente, fazer cursinho de pre vestibular é LINDO =)
é chegar e sair a hora que quiser, é nao ter que se preocupar com provas, com trabalhos, com pontos... não é necessario agradar o professor nem ninguem. voce senta onde quiser na sala, dorme ou sai pra tomar um café se não tiver afim de assistir certas aulas (como a de ingles por exemplo).
enfim, cursinho é realmente uma beleza, a sala tem pelo menos uns 150 alunos, mas me diz uma coisa... mesmo com toda essa falta de obrigaçoes, a gente estuda menos??
MUITO pelo contrario de novo.

é no cursinho que a gente ve, que realmente estamos por nossa conta, sozinhos nessa viagem. se não estudar direito, o problema é SEU.
eu me dei cona disso ja no primeiro dia de aula... uma coisa eh decorar as coisas pra aprender e passar no vestibular... outra coisa é ARMAZENAR essas coisas pra que pelo menos ate o final do ano, no grnde dia da prova da federal, voce nao esqueça!
por isso que o aluno fica louco, estudando e revisando (e inclusive, adiantando) todas as materias todos os dias.
é o que eu tenho feito.

aprendi, que materia dada é materia estudada, se nao, fode tudo.
por causa de uma so materia, ou uma aula só perdida, voce ja pssa a nao entender uma serie de coisas que vem pela frente.
sao quase 3 professores pra cada materia, entao eh bem confuso, tem que ficar esperto.
aprendi certas coisas como nao deixar de ir nos plantoes individuais, nos plantoes programados que ao longo do ano tem de manhã, a tarde, a noite, sabado e ate no domingo!
conheci gente tao desesperada quanto eu, ou até MAIS, pra passar no vestibular.
os vestibulandos de medicina entao nem se fala!

mas ao mesmo tempo, pessoal é bem legal, tem gente de todas as idades e lugares diferentes (bastante gene do interior de minas que vem pra capital e fica doido aqui hehe).
é interessante, que ao contrario de escola, ninguem se conhece, entao nao tem turiminhas formadas.
um detalhe, é que ao longo dos primeiros dias de aula voce vai reconhecendo uns rostos na sala, e quando alguem te fala "po acho que te conheço de algum lugar", vc já penso que é logo uma cantada, e depois logo percebe que essa pessoa te conhece mesmo e é aqule cara que comia cola no fundo da sala, na quarta serie quando voces estudaram juntos, ou entao sua "melhor amiguinha" da sexta serie.
apesar do numero de alunos em uma sala só ser grande, a sala é mais silenciosa do que qualquer de escola normal, ensino medio.
todo mundo ta la com o mesmo objetivo, tdo mundo se ajuda, mas sem deixar de ver pra certas pessoas aquilo ali tambem é uma competiçao.

o cursinho agora toma a maior parte do meu tempo.
todos os dias, eu to lá, ou se não na Casa do Aluno onde é uma maravilha pra estudar.
da um certo extress que na verdade é apensa cansaço e medo de nao conseguir absorver todos os estudos.
e por falar em medo, nunca tive TANTOS na vida.
são muitos, alguns até dominam meus sonhos quando finalmente me desligo disso tudo pra dormir.
medo de perder materia.
medo de nao conseguir entender.
medo principalmente de no final das contas não passar!
tanta coisa em jogo, o que minha familia vai pensar de mim? e todo esse dinheiro investido? e o desapontamento que as pessoas que gostam de mim vao sentir?
é muit pressao nos ombros...
ja tive os pesadelos mais absurdos...
o dessa noite por exemplo, foi de tar fazendo a prova e na hora de marcar a opçao o gabarito sumiu!
ja tive sonho de ter chegado atrasada no dia e nao pude fazer a prova.
tive sonho de ter dado um branco na hora, de nao conseguir apagar resposas erradas, de ter surtado! e uma serie de medos e pesadelos, consequencia de tar estudando tanto.

não ta nada facil... e pra piorar, minha vida pessoal ta indo pro espaço.
as pessoas que eu mais amo, ao inves de me ajudar, só me entristecem mais... me dao desanimo de seguir em frente.
é quando voce se encontra sozinho, e se ve nos estudos como uma falta de opçao na vida e uma obrigaçao a ser cumprida.

é isso aí gente, acho que ja falei de mais, agora voltando aos livros.

sábado, fevereiro 14, 2009

eu oficialmente desisto...


acho que se eu ficar parada, com meus proprios pensamentos, eu explodo.
eu nao sei mais o que fazer pra agradar as pessoas...
parece que eu to num campo de batalha sozinha.
tao decepcionada na vida por nao ter ninguem ao meu lado pra me ajudar. perdi a minha mae pra sempre. dia apos dias, tudo que nós tinhamos vai se esvaindo... sem ela eu nao posso ser completamente feliz... eu dependo dela pra tudo, e nada do que eu faça, mesmo sem o consentimento dela, vai ter sentido completo pra minha vida.
meu pai, que desde sempre se ausentou, só se preocupa em pagar as contas e abanar a cabeça pra cima e para baixo para concordar com tudo que venha de dentro e de fora contra mim. meus irmaos nem em casa estão mais. ninguem percebe mais o que faz. chegou num ponto em que todos entraram num caminho sem volta.
a outra pessoa envolvida na minha vida, que gosta de mim, nao pode fazer nada. e acima de tudo me sinto culpada por atrapalhar tanto assim a vida de quem nao tem nada haver com todo esse sofrimento. a distancia é inatingível.
ja nao sei ao certo como sera o meu futuro, mas aquela imagem de que tudo vai dar certo no final, ja transpareceu, ou nem existe mais.
enquanto isso eu me afogo em horas de estudo, porque afinal de contas esse é o ano do vestibular. sem nem saber ainda o que vou querer ser da vida, simplesmente estudo pra que tudo e as horas passem mais rapido nessa minha vida que agora parece mais um túnel escuro. a sensao de sursis la dentro, e a luz do fim que nao chega.
quero desaparecer, perdi na guerra e agora tento sair fora dela sem atrapalhar ninguem.

me sinto ao abalada emocionalmente, que só me lembro de ter ficado tao mal assim da ultima vez que tentei fazer a maior merda de toda a minha vida, até escrever fica difícil agora, os dedos tremem de tantas coisas que vem na mente...
ficarei estranha
chegou a hora de dar as costas pro mundo.
decidi escolher um caminho pra tentar sair daqui, e esse caminho sou eu.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Alô Rio de Janeiro, aquele abraço.

Entao o dia finalmente aconteceu.
Aquele momento esperado, o ápice da estória dos dois, pelo menos por enquanto.
Era um dia que eu anceava tanto por quase dois anos, e a gente lutou tanto pra isso, que finalmente conseguimos. Na sexta a tarde peguei o primeiro vôo depois do almoço para a cidade Maravilhosa.
Pela janelinha do avião eu olhava a cidade que a um bom tempo eu na pisava. Era tao estranho! nada mais era como eu imaginava, e a cidade era bem mais bonita do que eu me recordava.
Conhecer o Rio de Janeiro com ele foi um sonho realizado, ainda que não tenhamos conhecido todos os lugares que ele queria me levar, mas creio que daqui pra frente com calma e com o tempo nós vamos a todos eles.

Ipanema era só felicidade, e se era!
O episodeo da mineira quase se afogando na praia agarrada nos braços de um carioca d gema que só sabia rir da situaçao foi realmente marcante.
Curtir o sol do Rio, sentindo a areia da praia nos pés junto com ele, me fazia imaginar morando lá e curtindo aquela mesma praia todos os finais de semana com ele.
Olhar nos olhos dele e saber que ele imaginava o mesmo que eu, tornava tudo que a gente tinha mais real, sem pensar que em poucas horas eu estaria voltando pros nossos 500km de distancia novamente.

Conhecer os pais dele finalmente, foi no inicio muito constrangedor... eu toda cheia de areia e com os cabelos molhados porque tinha acabado de chegar da praia, me sentindo um mendiga, logo me senti a vontade perto de uma familia tao simples e tão cativante. Enquanto a gente esperava pelo pedido no restaurante, eu olhava pra todos que estavam ali por minha causa na mesa, e me senti incrivelmente feliz nos braços dele que me dava carnho na frente de todo mundo... A mãe, linda por dentro e por fora, e o pai uma gracinha, super carinhoso e toda vez que me olhava, tinha um sorriso no rosto.
Nós dois andando de mãos dadas por Copacabana, Ipanema, Leblon.. e nossas discussoes bobas que acabavam nos beijos e abraços.
O Cristo nos olhando lá de cima, e eu olhando nos olhos dele, sentindo tudo quanto é sentimento ao mesmo tempo.
Cenas que não vou me esquecer jamais. E hoje sei que se um dia tudo acabar, eu pra sempre vou me lembrar do cara que me deu a maior prova de amor que eu antes ja recebi. Imagino que pra sempre as nossas vidas estarão entrelaçdas, eu nos pensamentos dele, e ele nos meus pensamentos. Imagino que, se no futuro nossas vidas seguirem para rumos diferentes, eu pra sempre vou me perguntar como seria se ainda estivessemos juntos e vou com certeza atras dele para responder essa pergunta, nem que seja por apenas mais uma vez.
O que sinto é forte mesmo e cada dia descubro isso, ao acordar e me lembrar do sorriso dele, ao receber a mensagem de bom dia dele. Coisas simples assim que não me fazem desistir tão facil do que a gente tem.
E eu sei que dói, sentir saudades, sentir ciumes, sentir medo de perder, mas a verdade é que sem ele, a vida agora seria pior ainda. E essa viagem me fez perceber que a minha vontade de estar longe de casa não é só mais por causa dele, é porque eu tenho uma cidade maravilhosa me esperando se eu quiser realmente um dia morar la.

Tudo correu muito bem, apesar dos probleminhas que aconteceram, a viagem foi perfeita e super marcante... entao porque é que eu não me sinto bem?

Acho que sinto falta do que ainda nao tenho, e do que ainda não aconteceu.
Eu sempre tenho um sentimento de um enorme vazio quando dou o ultimo beijo nele... parece que eu nunca mais vou ve-lo de novo e isso faz o meu estômago dar varios nós... tenho medo de que os nossos problemas se tornem maiores do que o que a gente possa aguentar. Só sei que ainda tenho tempo pra lutar pelas coisas que eu quero, e ele é uma delas.
Decidi que vou parar de tentar agradar as pessoas que não levam em conta a minha felicidade, esse ano é meu e de mais ninguem.

Minha viagem foi marcada como a primeira de muitas, eu prometo que volto e nesse blog vai vir um post com muito mais detalhes do que este. Por enquanto fico aqui, sonhando acordada com a cidade e com ele, que só ele faz eu me sentir assim! =)


Ah, o Rio de Janeiro continua lindo! ;-)

- Marco, obrigada por tudo, o rio de janeiro só não é mais lindo do que voce!
Te amo muito, e nunca se esqueça disso.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

O resto é mar...


Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...

O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho...

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade...

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver...

Vou te contar...


A playlist do meu MP3 só tem Bossa Nova, MPB, Samba Soul, e bastante Sergio Mendes.
Tudo isso só porque amanha eu to indo finalmente pra cidade maravilhosa!
eu desejo de todo o coraçao que nesse final de semana dê tudo certo... algo me diz que ele será de grande importancia na minha vida, principalmente neste ano.
Sei que pode ser a melhor viagem da minha vida, quanto pode ser a pior também.
Vou seguir meu coração e buscar meus sonhos!
Vou ver se o Rio de Janeiro do meu Tom Jobim continua lindo!

domingo, janeiro 25, 2009

especialistam analisam e setenciam "oh nao!"

ontem fiquei tao ocupada tentando ajudar os coracoes partidos da noite, que esqueci de cuidar do meu...
o meu, que tenho certeza que no meio de todos aqueles ali, era o unico que sofria verdadeiramente por amor... nao estou diminuindo os sentimento dos outros, mas foi somente ontem que percebi o quanto sofro precocemente por amor.
ontem tratei de um milhao de amigas bebadas chorando porque viram o namorado com outra na festa, ou porque se arrependeram de ter traido ele tambem. isso pra mim, nao eh amor.
amor pra mim eh mesmo estar a varios km de distancia de uma pessoa e nao ficar com ninguem, nao por trair e fazer o outro sofrer, ate porque ele nunca saberia de qualquer jeito, mas nao ficar com ninguem simplesmente por nao ter vontade, por nao se sentir a vontade, por nao achar graca, e por nao ter sentido. e eu que nunca fui de ficar por ficar, me sinto incrivelmente sozinha em horas como essas.
tratei tambem de meninas que mal conheciam o cara que tava ficando e ele disse "te amo" simples pelo fato de ele ser um babaca. isso pra mim nao é amor.
amor pra mim eh expressado em forma de atos, e nao de palavras. é viajar km's de onibus pra ver uma pessoa que se tem certeza que quando tiver aqu vai te dar todo o carinho e amor que couber possivelmente num espaço tao curto de tempo que sao 4 ou 5 dias.
tratei de varios casos, dei diagnosticos, receitei remedios, preveni contra proximas decepcoes "amorosas", e pedi repouso para o coracao.
sendo quem quem tava precisando disso tudo era eu, que olhava pro celular e pensava "porque?..."

quarta-feira, janeiro 21, 2009

De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão, pra se perder no abismo que é pensar e sentir...

quarta-feira, janeiro 14, 2009

the mirror says: who the fuck are you?

Maysa
O que

O que que eu estou procurando
No vago aflita olhando
De canto em canto buscando
O que
De noite a lua assiste
Que eu fico ainda mais triste
E saio pra rua andando
Procurando mas o que
Talvez se um dia eu achasse
O mundo depressa tirasse
E eu não conseguisse nem ver
Mas o que
Que eu estou procurando
No vago aflita olhando
De canto em canto buscando
O que?



sabe, eu acho que sofro de uma doença de não-saber-quem-sou.
alguns sintomas dessa doença são:
não-saber-o-que-quero
não-saber-onde-vou
não-saber-o-que-fazer-da-vida
não-saber-o-que-fazer-pra-vestibular
não-saber-o-que-vou fazer amanhã

é simplesmente assim. eu queria poder dizer pra todos sem pestanejar que eu sou uma pessoa decidida na vida, uma pessoa confiante em tudo que faz, uma pessoa bem planejada and all that stuff.
mas eu não sou assim, nunca fui.
desde pequena eu sou uma pessoa que muda de ideias da noite pro dia.
eu me lembro bem quando eu queria ser astronauta. era completamente apaixonada pela lua (piradinha) e ao invés de brincar com as minhas milhares de bonecas, eu ficava observando a lua da rede da minha casa como se um belo dia eu fosse pisar nela eventualmente.
lembro então que decidi ser artista plástica. eu queria ter puxado o talento do meu avô pra fazer as coisas maravilhosas que ele fazia enquanto era vivo. ganhei um cavalete e pintava coisas horrendas todos os dias que meus pais achavam verdadeiras obras de Picasso.
então decidi ser atriz.
(não me entendam mal, quando se é criança a gente sempre tem esses desejos fantasiosos de profissões incomuns... acontece que eu realmente me apaixonei pelo teatro).
era tudo. eu queria participar de peças e eu participei de varias. eu estudei teatro, pegava livros nas bibliotecas, fiz aulas numa escola e participei sim de algumas peças. ate que um belo dia meus pais me tiraram tudo isso... acho que eles perceberam que isso nunca me daria dinheiro na vida e me fizeram colocar ideias mais importantes na cabeça do que arte e teatro.
what big mistake huh?
tudo isso mudou afetou a minha personalidade.
enfiei na cabeça então que eu deveria fazer Direito na faculdade. e até hoje eu nao entendi bem o porque e nem da onde veio essa ideia. eu simplesmente queria ser advogado e pronto. (ou será que queria mesmo?)
chega a certa idade na vida que vc eh acordado com um balde de agua fria:
-ei garota! a vida não é assim não! tudo custa uma certa quantia de dinheiro. e para se conseguir este dinheiro você tem de trabalhar. e para ter um bom trabalho vc precisa de estudar. e estudar muito!
pirei.
comecei a pensar que talvez Direito não fosse o que eu realmente queria.... e que isso na verdade era o que o meu PAI queria.
considerei Relações Internacionais um bom curso pra mim e atualmente é o que eu pretendo fazer.
mas é claro que como no inicio desse post eu já havia explicado que sou uma pessoa bem indecisa e sem confiança... eu comecei a perceber que talvez eu devesse seguir os conselhos que meus professores e pessoas que me conheceram BEM a vida inteira me deram e fazer um só curso: Jornalismo.

well..
de astronauta eu fui a atriz e até virei jornalista.
se dependesse de mim, eu ja teria rodado esse mundo todo umas 7 vezes ida e volta.
mas a vida não é bem assim né?

hoje me peguei pensando... eu nunca sou verdadeira comigo mesma e as vezes eu acho que até consigo me enganar.
quem lê esse blog frequentemente (raras e loucas pessoas doidas sem o que fazer) deve ter percebido que eu sou mesmo um pessoa super indecisa.
é sempre assim. não sei se vou ou se fico. se gosto de quente ou frio. se subo ou desço. se viro astronauta ou jornalista. se eu amo ou se odeio uma pessoa.
enfim, sofro mesmo dessa doença. e acho que sempre vou sofrer até que o dia que eu finalmente ache algo que eu ame com todo o meu coração e confie nisso.

posso parecer uma pessoa ingrata e infeliz. mas longe disso...
o que acontece é que as vezes eu olho pras coisas ao meu redor e me pergunto "o que é que eu to fazendo aqui??". eu começo a pensar que o que eu tenho não é o suficiente. eu começo a querer mais... muito MAIS.
eu queria principalmente o mundo. só isso e mais nada.

acho que hoje o meu maior desejo seria poder rodar o globo inteiro. viajar. conhecer. viver. fotografar. dançar. dançar. dançar.

as vezes eu imagino que a minha vida é mesmo uma merda que não vai mudar se eu continuar aqui e não fazer nada.
e olha que a minha vida não é tão ruim assim.
como eu disse... longe de mim ser ingrata e infeliz. eu apenas não tenho a vida que eu queria ter de vez enquando (e eu não sou a única que anseia por coisas maiores na vida, por isso NÃO me incriminem) e sei que pra conseguir as coisas que eu quero, eu preciso estudar e trabalhar muito.
o desespero é quando eu descubro que ATÉ HOJE eu não sei realmente o que quero fazer da vida e, meu bem, já passou da hora.
de vez enquando a gente tem um surto desses...
as 10h de uma quarta a noite. olhando o orkut e os facebooks das pessoas que estão longe.
a internet eh FODA. ela é realmente a causa da minha doença.
por causa dela eu acabo conhecendo o mundo todo pela cadeira do meu computador e isso me causa tamanha angustia por não poder sentir, tocar, e cheirar esses lugares.
por causa da internet, eu mudo de opinião de uma hora pra outra. por causa dela, as vezes eu olha pra vid das outras pessoas e me sinto incrivelmente e depressivamente sozinha... começo a imaginar se não seria bem melhor eu curtir, não a minha solidão, mas a minha própria presença, bem longe.
até lá, acho que vou parar de fuçar orkuts, facebooks, myspaces, iqons, flickrs e blogs.
e um dia eu me livro desse vicio da internet... ou até lá eu já morri da minha doença.

ah... se tiverem uma boa dica de quem eu sou, ou do que eu quero fazer da vida. email-me.

buh bye.



Gente mas não é que o Kaká ta uma graciiiinha no novo comercial do Gatorade???
olha que nunca fui fãããã assim da beleza dele, mas como todo brasileiro eu tenho orgulho dele por ser quem ele é.
Ele assobiando no final do comercial e partindo com bola e tudo pra cima da galera é taaaao bonitinho!

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Envelhecer: inevitável paradoxo.


Definitivamente, ficando velha.
POrra, ficando velha sim, e não é porque eu finalmente cheguei a minha maioridade não!
Hoje, meus amigos, tomei uma bofetada na cara quando descobri que estava ficando velha.
O orkut é realmente uma coisinha interessante. Você "mantem" contato com aqueles seus amigos que voce não ve a mais de 5 anos. O "mantem" contato é um pseudonimo pra na verdade o ato de "fuxicar" o orkut deles uma vez ou outra pra saber como anda a vida, se passaram no vestibular, se mudaram e cidade, se estão ou não namorando e se vc conhece a pessoa que estão namorando. Tudo isso pra não ter que ligar e perguntar como anda a vida.
De certa forma eu considero o orkut bem inteligente.
Enfim, nessa de saber quem está namorando... hoje de manhã, fui quebrar a minha linda cara de criança que antes eu achava ter.
Comendo o meu sucrilhos matinal, tava lutando um pouco com a pagina do orkut porque a internet aqui não anda sendo muito favoravel comigo ultimamente, vi nas atualizaçoes dos meus amigos, varias fotos de duas pessoas de branco se abraçando e beijando. Nem me interessei, com certeza deveria ser fotos de algum reveillon que algum casal de amigos deveria ter passado junto.
Entao ao lado das fotos ficam os comentarios das pessoas... e o orkut é realmente inteligente e tem o poder de deixar as pessoas mais populares por isso. Tano que a idiota aqui clicou quando viu o comentario do cara pra namorada: "minha noiva linda".
Que cara gay... pensei eu, clicando na foto pra ver de perto quem era.
Foi entao que descobri minha amiga Isadora* numa festa de noivado que aparentemente parecia ser dela mesma.
Para tudo entao.
Fiquei uma hora olhando pra tela do computador esperando a foto abrir por inteira, para que eu pudesse me abobalhar por completo ao ter certeza de que aquela minha amiga estava de fato noivando.
Gente, eu fiz 18 anos agora na semana passada, e eu sei que a Isadora é um pouquinho só mais NOVA do que eu. Ela está noiva do namoradinho dela, com uma festa que deu na casa dela com a familia e tudo, a foto do pai dela abraçando o namorado, quer dizer, o NOIVO dela, dizendo esar de acordo com aquilo tudo e até fazendo discurso.
Então tipo, o que será que deve ter acontecido com os nossos velhos bons tempos?
Sim, faz uns bons 5 ou 6 anos que eu não vejo a Isadora, mas eu me lembro muito bem dos finais de semana que eu ia pra casa dela brincar de "7 pecados capitais" e Paribola com outra amiguinha nossa... eu lembro da gente assistindo e tentando ligar pro Silvio Santos quando passava "Casa dos Artistas" no SBT. Lembro tambem de nós duas planejando como seriam nossos casamentos. Ela queria se casar com um principe encantado numa ilha deserta que teria um nome bastante estranho que eu não me recordo mais... e queria ter 2 meninas, uma loira e uma morena.
Eu, queria me casar com um velho bem rico que iria morrer na semana seguinte me deixando um castelo enorme de Barbies, porque desde pequena eu não acredito em casamentos. Iria ter 2 filhos homens que eu iria adotar e eles seriam jogadores de futebol do Clube Atletico Mineiro.

Enfim, ela vai ter o que queria, e não é atoa que nas fotos d orkut dela ela chama o namorado dela de "principe".
Nada realmente muda quando a gente cresce... as coisas simplesmente PASSAM a acontecer.
Logo logo, os nossos amiginhos que a gente brincava estão se formando, passando no vestibular, ganhando uma penca de dinheiro, logo se casando e tendo filhos.

Assim que vi as fotos do noivado dela, me lhei no espelho e me perguntei se realmente estava ficando velha assim... e realmente, minha pele ja não é a mesma de quando eu tinha os meus 13 aninhos, e se eu procurar bem, consigo achar uns 4 ou 5 fios de cabelo branco.
Não sou um idosa mas os sinais da idade já começaram a aparecer. Uma das primeiras coisas que a minha mae me faliu quando eu fiz 18 anos, é que a partir daí a idade voa. Logo os 20 ja chegaram, quando ve, já se está na casa dos 30 e pra entrar na casa dos "enta" é um pulo.

Quando eu era pequenininha, eu sempre sonhava em ser mais velha, e ate ano passado eu simplesmente quase morri de anciedade pros meus 18 anos chegarem.

Será que daqui a alguns anos eu vou querer rejuvenecer de novo?