domingo, fevereiro 24, 2008

Faço versos como quem chora.



A verdade torna-se clara e me esvazia.
M... mesmo M... estou pouco me lixando então.
Voltei ao mesmo lugar que eu estava ha 6 meses atras. Chega a ser um pouco irônico porque na verdade eu nunca saí daqui.
As pessoas passam na rua, sorriem pra mim mas eu não as reconheço. Os casais passam de mãos dadas... ah, os casais... bando de hipócritas.
Toda essa gente, as calçadas molhadas. Quero sair, ir cedo pra cama e acordar tarde no dia seguinte. Não estou chorando. Só queria conseguir um taxi.
Chego em casa, o vazio de novo. Não tenho vontade de fazer nada, não sei o que fazer. Não quero dormir, não quero ficar acordada. Não tenho fome. Não quero ficar sozinha, não quero ver ninguem... estou apenas completamente esgotada.

Escrevo tudo isso, e faço versos como quem chora.
Detesto sair do meu quarto, sei que não tem nada pra mim lá embaixo.
Minha única opçao é estudar.
Prefiro pensar nas equaçoes de Torricelli do que lembrar das mentiras dele... da indiferença.
Eu não sei porque, mas virou habito, toda vez que me sinto arrasada ou devastada, eu estudo... daí eu chego a ser a primeira da sala, pra depois perceber que isso não tem nada a ver comigo. [vou acabar ganhando o premio nobel a cada vez que alguem me fizer chorar].
Essa pessoa não sou eu.
Será que no final das contas, não valeu a pena?
Ao desligar o telefone, as ultimas palavras dele foram "me desculpa por ter ido aí te encontrar, duas vezes"
eu instintivamente concordei.
Desligamos o telefone.

Passa-se sempre ao largo da felicidade.
Se tivesse sido verdade... se você me houvesse amado mesmo, isso não seria o bastante.
E o seu deboche ilude somente por um instante o disfarce do seu desgosto.
É um desses males para os quais não ha cura.
A culpa não é minha.
Avisei a você tantas vezes... mas dessa vez foi definitivo, a escolha na verdade foi sua.
Você optou pela sua vida de solteiro... vidinha de V.I.P. que sai pras baladinhas todas as noites. Nada mais vazio...
A felicidade nos teria sido enfadonha. Vamos morrer cada um para o seu lado.
Agora espero poder conversar com você um dia, e escutar sua historias nas quais eu não sou mais a vedete, os seus infortúnios, as conquistas que você faz, e quando eu falar da gente no passado, espero que você ria da minha cara.
Porque eu vou dizer a palavra "nós".
Voce vai ter total razão em rir.

Eu gostei sim, e ainda gosto de mais dele.
Duvido que ele tenha enxergado metade disso.
Acima de tudo me sinto frustrada porque... eu nem pude fazer nada.
A gente podia ter sido muito felizes juntos, mas não dependia de nós dois.
Eu tinha certeza que ele já dava tudo por perdido também...
no fundo eu sentia que ele só estava esperando que eu terminasse tudo.
e eu só estava esperando que ele me mostrasse um lado dele que nunca tinha visto.
o lado que ele sempre disse não conseguia mostrar pra mim.
Vai ver foi por isso que colocamos tudo a perder.
O seu orgulho...
É o orgulho que leva a dizer não, e a fraqueza sim.
Fiquei esperando você me impedir... mas você não o fez. Nada de espasmos de fraqueza...
E se você não o fez... eu estava certa no final das contas.
Não dava mais pra continuarmos juntos.
Simplesmesmente porque o orgulho é o complemento da ignorância. e o caminho do erro...

Assim sou eu, dramática de mais.
Sentimental de mais.
Acontece é que eu detesto ver um romance fracassado.
Me faz desacreditar em "amor".
Eu nunca teria gostado dele se tudo fosse fácil de mais.
Já pra ele foi o contrário.
E sempre foi assim comigo... desde pequena eu escolho o desafio ao invés do óbvio.
Nada tem graça se é tudo fácil de mais...
Talvez ele preferisse uma garota que morasse do lado da casa dele, dissesse "eu te amo" e cinco minutos depois falar o mesmo pra outro.
Talvez ele preferisse isso do que uma garota completamente apaixonada por ele, com pais complicados e que mora a 400 km de distancia.
Vai ver ele se amedrontou... ou simplesmente "não precisava de nada disso".
hahaha...
Nem eu.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

É só dizer sim, ou não.

Ocupados de mais para mim.
Mas nunca o suficiente pra dizer "não".
Sempre foi assim.
Quando as coisas esquentam, ao invés de resolverem com apenas uma conversa civilizada, milhares de gritos são atirados pelos cantos da casa como uma grande competiçao de quem fala mais alto ou quem fala mais que o outro.
As vezes eu nem sei pelo que eu mesma estou gritando, eu só estou alí.
Completamente perdida, e grande parte disso é culpa deles.
Por não conversarem comigo, por não me abraçarem, ou por simplesmente por terem jogado contra mim a palavra "não" a vida inteira.
Como que eu vou saber o que é o certo e o que é o errado se eu mesma não viver o que estou sentindo?
Como vou acreditar que o céu é verde se quando olho pra cima está completamente claro e nítido que ele é azul?

sábado, fevereiro 16, 2008

Desde quando cacau é um legume, porra?


O Big Brother Brasil é uma cultura inútil.
Mas nao deixa de ser cultura.
Ante ontem na prova do lider, fiquei abismada com as respostas dos participantes num jogo de perguntas completamente estúpido. É serio. Coisas que qualquer criança de 11 anos responderia sem valer 1 milhão de reais.
O apresentador Pedro Bial explicou como que seria a seguinte prova do líder:
"Quem fizer 150 pontos primeiro vence. Responde à pergunta quem apertar o botão primeiro. Se errar, todos os outros ganham pontos. Outra coisa: o nível das perguntas é de ensino fundamental", explica o apresentador.

Após 10 minutos de perguntas estupidamente fáceis veio a seguinte pergunta:
"O Cacau é?
opção A - uma fruta
opção B - um legume
opçao C - uma verdaura"

O cara respondeu LEGUME.
Tudo bem, eu não deveria me gabar da minha inexorável inteligencia, mas pelo amor de Deus, CACAU É UMA FRUTA.
e ponto final.