sexta-feira, dezembro 07, 2007

"Quem é mais sentimental que eu?"




*Titulo: trecho tirado da musica "Sentimental" do Los Hermanos



Ele é o tipo de pessoa que não ta nem aí pra ninguem.
No bom sentido.
O sonho de todas as garotinhas da sexta-serie.
Chamava atençao não só pela sua aparencia fisica desarmante, mas tambem por ser um cara diferente.
Mais ainda, um cara indiferente.
E no meu caso, principalmente, por ser um cara completamente diferente de qualquer outro que já conheci.
Hoje eu sei porque nos apegamos tanto um ao outro, foi porque eramos diferentes das pessoas ao nosso redor, e porque as nossas diferenças eram completamente iguais.
Eu te conheci. Te conheci de verdade. Compatilhamos coisas que ninguem sabia sobre nós.
Eu amo tudo em você que dói.
Nunca tive certeza de como me sentia quando estava perto de você.
Era um amor, porém sem asas. Uma inveja por você ser tudo aquilo que eu sempre quis ser, e uma admiraçao que ia alem de qualque discussao que ja houve entre nós.
Porque eu sempre te admirei.
Porque desde que te conheci, sempre te amei.
Mas você? Você é muito jovem pra impedir que um grande amor dê errado.
Mas hoje eu sei que esse amor não passava de uma tremenda fusão de sentimentos que eu sentia apenas por estar do seu lado... E eu sei que voce deve ter sentido isso tambem.
O jeito que voce olhava pra mim no meio de uma conversa durante um espasmo de segundo.
O modo como nossos tenis Adidas caminharam lado a lado o ano todo.
Quando uma parte do seu corpo acabava por não resistir a me tocar usavamos as "lutinhas" como desculpa de contato fisico, ou entao quando voce colocava as mãos nos meus ombros quando ninguém estava olhando e as retirava bem rapido. Em qualquer lugar que estivessemos, nossos olhares se encontravam e desviavam rapidamente.
Não era assim com mais ninguem, a não ser comigo.
Eu sempre te disse que te amei, mas só hoje finalmente entendi que o "eu te amo" tão confuso que raras as vezes soltava pra você, era de amizade.
Entao, eu te amo como nunca amei nenhum amigo antes.
E eu me lembro que voce disse que jamais repetiria as mesmas palavras de volta, mas acontece que ontem de madrugada eu ás recebi de você.
Não me importo de era de verdade ou mentira.
O que me importa, é que voce, um do caras mais inteligentes que ja conheci, sabe muito bem o que elas siguinificam pra ter me mandado.
Eu confesso que poderia ter ficado mais feliz ha alguns meses atras, quando todoo amor que eu tinha por voce era confuso... só que na epoca isso só teria me confundido ainda mais.
Hoje ficar emocionada com isso, como voce mesmo me disse, seria SENTIMENTALISMO da minha parte.
Eu sempre fui a idiota sentimental.
Começo a achar que mudei e devo isso (também) á você.
Eu te amo de mais meu amigo... agora posso dizer pra qualquer um que queira saber, que te amo sim, e que o nosso amor de amigo possa ate se desfazer, quando já nao convivermos mais por meses e meses... mas eu duvido que eu jamais esquecerei você e você a mim.
Ja sinto a sua falta... e sentirei mais ainda ano que vêm.
(T .e. a. m. o.) - 12:19
(E.U. T.B. T.E. A.M.O) - 12:26
06/12/07


quinta-feira, novembro 08, 2007

Stuck in the moment

"É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo."
Clarice Lispector.

Deixo claro que não abandonei isso daqui... Não que fizesse diferença, eu estou tão perdida que não sei nem por onde começar.
Essa semana tive a sensação de estar completamente drogada. Todos os dias.
E por mais que fisicamente eu saiba o exato local onde estou, eu me encontro completamente perdida no “momento”. A dor excrucitante da sensação de perca e solidão, fazem a minha mente agir de forma descontrolada. Sinto muito medo dessa desorganização profunda. Tenho a sensação de estar em coma. E talvez no fundo seja isso mesmo que eu desejo. Entrar em coma profundo, acordar em uma cama de hospital com toda a confusão passada, aquela cena de filme em que você abre os olhos e encontra sua família, amigos e ele... Olhando-me como se tudo de ruim tivesse ido embora e ninguém pensariam em mais nada a não se na felicidade de estar tudo bem, afinal.
Esses dias acabei me conhecendo mais afundo, descobri que a minha vulnerabilidade é do tamanho de Júpiter,. Não é de se esperar que eu esteja perdida então. Perdida no chão do box do meu banheiro estarrecidamente verde, perdida num poço de culpa com águas de amor platônico cobrindo-me.
Ontem me encontrei chorando por uma pessoa que conheci a menos de uma semana, e o pior, é que as lagrimas não era de tristeza.
O que me segura de pé é ter consciência de que o AMOR dói mesmo. Amor dói quando se esta no caminho certo, se não, não é amor.
Eu tenho uma fé muito grande e a mente aberta. Tem horas que me sinto extremamente feliz apenas por saber que você esta vivo, e que pelo menos por enquanto você me espera. Outro motivo muito forte pra minha felicidade, é eu acreditar tanto em destino. Ele nunca me deixou na mão, e não é atoa que o nome dessa pagina é Serendipity.
Nada disso deve fazer sentido a ninguém. Mas não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.
Acredito que o tamanho da minha dor, será equivalente ao tamanho da minha recompensa. Da nossa recompensa.

Então, EIS um brinde ao meu sofrimento e um ótimo final de semana para todos.

sábado, setembro 22, 2007

Ah Praça da Liberdade!

Uma das coisas que mais me fascinam em estudar no centro de Belo Horizonte, é essa praça maravilhosa que fica a um quarteirão da minha escola.
E como tem dias que eu chego faltando uns 20 minutinhos pra aula, eu venho aqui bem rapidinho, observar o movimento delicioso que essa praça tem as 7 da manhã.

E não importa como estou me sentindo no dia, ou o que aconteceu no dia anterior, o ar fresco da praça pela manhã faz eu me sentir pessoa muito melhor e ao sair, automaticamente eu ganho uma nova disposiçao e uma energia positiva bem no começo do dia.
É tudo muito natural, a praça fica no meio da bagunça da cidade, onde carros e onibus passam buzinando, aquela correria...
Mas se voce entra realmente dentro da praça, tudo isso acaba.
As flores, as esculturas, os pequenos jadins e canteiros, o barulho da agua caindo das fontes...! A praça é um aspecto de modernidade introduzindo um modelo francês.

Eu me sento no mesmo banco todos os dias, e observo a rotina matinal de cada um!
E sinceramente, nao tem coisa melhor do que observar os outros, sem fazer diferença nenhuma.
E não importa o dia que voce vier, voce sempre encontrará as mesmas situaçaos acontecendo exceto por uns minimos detalhes que se acrescentam a cada dia.

E como nesse momento estou sentada em um dos bancos, darei a voces o privilegio da sensação que tenho quando venho aqui pelas manhãs.
Ha alguns bancos pela direita, estão sentados um casal de adolescentes, cada um de uma escola diferente, provavelmente se encontrando antes da aula começar e cada um seguir o seu rumo.
Ha tambem pessoas caminhando.
Pessoas de todas as idades, caminhando ou correndo, sozinhas ou acompanhadas.
Alguns com os fones de ouvido e iPod na mão, outros simplesmente parecem que estão aqui só pra nao falar que "nao fazem exerecicios fisicos".

Ha um grupo de velhinhos, uns 6 deles que vêm por aqui simplesmente todos os dias da semana. E eu reparei porque eles passam por mim todas as vezes que venho aqui.
Já é costume, e agora eles até sorriem pra mim e me dão "Bom dia!".
E assim eles seguem andando, contado casos do trabalho, dos filhos, e rindo em alto tom.

Ha tambem os chamados "moradores da praça".
Os que dormem, levantam pela manhã, tomam banho, trocam de roupa e saem pra ganhar dinheiro durante o dia. é bem comum passar por um dos bancos e ve-los cobertos com alguma coberta esfarrapada até a cabeça.
Bem triste alias... mas fazer o que?
Eles estão bem no "jardim" da casa do governador de Minas Gerais, e se nem ELE faz nada...

Em cada ponto da praça ha grupos de pessoas diferentes.
Alguns hippies deitados na grama.
Garotos e garotas fazendo o dever de casa antes da aula começar.
Um carro da rede globo estacionado e uma reporter bonita relizando uma noticia ao vivo.
Perto do mirante, tem um grupo fazendo Muay Thai.
Pessoas se alongando nos troncos de arvore.

Uma coisa que eu acho bacana tambem, é um grupo que vai la as segundas e quartas, chamado "Grupo da Gargalhada - Brasil".

Um grupo de 20 mulheres, se reunindo na praça e fazendo coisas malucas sem sentido nenhum, gargalhando feito doidas.

Acho uma delícia, e nao tem mesmo um lugar melhor que a Praça da Liberdade pra reunir um grupo assim!



Mas, o que posso dizer?
Eu sou apenas mais uma nas milhares de pessoas que são apaixonadas pela Praça!

domingo, setembro 16, 2007

Ultimo sonho... tudo otimo.



Ela olhou para a imagem a sua frente.
Aquele céu de um azul imaculado, o sol brilhando como nunca, mas o dia estava fresco.

Chegava a ser patético o dia estar tão bonito, quando sua alma estava tão trsite e cinza quando o céu de Londres.
Ela que então observava a beleza do dia pela janela do carro voltando da escola, permitiu que sua mente voasse para bem longe...

Ele ligou pra ela, marcando de se encontrarem para ela finalmente lhe falar o que havia de tão importante para conversar.
Ele estava confuso, mas duas horas depois de desligarem o telefone foram se encontrar no lugar aonde quatro meses atrás o namoro dos dois havia acabado.
Enquanto ela descia as ruas para chegar ao local combinado, suas mão tremiam. Não sabia o que tinha pra falar mais. Sua mente dera um branco total. Nervosa, ela sentou na grama á beirada da lagoa e esperou. Suas mãos ainda tremiam.
Hoje ela ficaria sabendo se estava tudo acabado ou não.
Hoje ela saberia se dois anos ao lado dele valeram a pena ou não.
Hoje, finalmente, tudo faria sentido.

Ele chegou. Ao vê-lo se aproximar, seu coração deu um pulo gigantesco, e subitamente, tudo o que queria lhe falar voltou a sua mente.
Ela se levantou e foi em sua direção, colocou-lhe os dedos nos lábios para que não falasse nada e apenas a ouvisse.
E como se não houvesse nenhum medo de rejeição a impedindo, ela lhe disse:

“Quatro meses me fizeram perceber que minha vida sem você não tem sentido, ao te deixar partir eu vivi a minha vida normalmente, mas com aquela sensação de estar em sursis... uma sensação de que uma parte de mim estava faltando.
Eu te amo, volta pra mim.
Eu preciso de você, volta pra mim.
Perdoa-me por ter te deixado ir embora, mas seu eu não o fizesse, eu não saberia se você voltaria pra mim após te dar a liberdade que você merecia conhecer.
E eu não sei se você já encontrou outra pessoa, mas o meu amor é tão grande que eu nem me importo! Seja meu novamente e esqueça que um dia tudo foi diferente!
Você provavelmente deve estar feliz e livre agora, mas eu acredito que posso te dar ainda mais felicidade! Eu prometo tudo será diferente dessa vez, porque eu sinto que tanto eu, quanto você, amadurecemos muito mais enquanto estivemos separados... Por favor, seja meu e me deixe ser sua de novo...”

Ela parou de falar. Havia lagrimas em seus olhos. Ali ela havia posto todas as duas armas e planos de ataque á sua frente, se não desse certo, não havia mais o que pudesse oferecer.
Ele continuou a encará-la mudamente, então colocou as mãos no rosto dela, afim de enxugar as suas lagrimas.
A sensação do seu toque fez os cabelos da sua nuca se arrepiar e ela então voltou a falar:

“Eu juro, que se você falar que não me ama mais, eu desisto de tudo. Se você falar que não há mais volta, eu prometo, não voltarei a te perturbar e você vivera a sua vida livre de mim. Eu estarei triste, seca por dentro e morrerei de frio, mas finalmente chegará o dia em que você não passara mais de uma lembrança na minha vida. Se você falar que não... eu vou-me embora e não te procuro nunca mais.”

Ao vê-la voltar a chorar, ele a abraçou e beijou as lágrimas que escorriam em sua bochecha.
Ficaram assim por alguns momentos, ate que ele se afastou dela.
Sem conseguir olhar em seus olhos ele simplesmente disse:

“Porque você esta me falando isso tudo agora? Você fez a sua escolha á quatro meses atrás. Agora, todas as nossas chances acabaram.”

Ela já não conseguia parar de chorar agora. De um jeito ou de outro, agora ela já sabia como aquilo tudo iria acabar.
Só lhe restava uma pergunta:

“Então... você não me ama mais?”
E ele ficou em silencio.

Ela agora já podia ir embora, já tinha escutado tudo o que precisava.
Foi se levantando e enxugando as lagrimas que não paravam de cair. Virou-separa ele e como despedida, disse: “Não precisa responder... O seu silencio já me disse tudo.”.

Sem olhar para trás, foi andando de volta para a sua casa, ao chegar se enfiou no chão do banheiro e deixou a agua cair. “Agora acabou mesmo” disse bem baixinho para si mesma por entre as águas do chuveiro... e por ali chorou por pelo menos uma hora e meia.
Mal podia acreditar que no dia seguinte haveria aula.
As cinco da manha se levantou e voltou a sua rotina normal.
Dessa vez não falou mais do que o necessário na escola. Não queria sorrir nem contar casos dessa vez. Decidiu estudar, se possível, ainda mais do que estudava.
Não volta para casa, escutava Keep Talking no iPod.Se perguntou ate quanto tempo ficaria naquela foca.
Olhou pela janela e viu o quão patético o dia lhe parecia, todo bonito e azul, enquanto por dentro tudo parecia desmoronar.
Desceu do carro ao chegar na portaria de seu condomínio. O sol estava brilhando mas o dia estava fresco.

Foi quando retirou os fones de ouvido ao ouvir alguém lhe chamar do outro lado da rua.
Procurou quem havia lhe chamado e lá estava ele.
Ele ainda se lembrava de que ela chegava todo dia as 13:30
Ela não compreendeu o que ele fazia ali...
Foi quando ele veio, todo desajeitado em sua direção.
E antes que ela pudesse falar algo, dessa vez ele que colocou os dedos entre seus lábios.
“Eu seria louco se não te aceitasse de volta. E é claro que eu ainda te amo... e muito.”
E ao dizendo isso a beijou como se esperasse anos para fazer isso.

Ela sentiu alguém bater de leve em seu ombro. Abriu os olhos e viu que acabara adormecendo no carro de volta pra casa e agora havia chegado.
Não se lembra a que ponto havia caído no sono... provavelmente enquanto observava aquele dia pateticamente bonito.

Tudo não passara de um sonho afinal.


Escrito por: Alline as 2:00 am
Ipod tocava: 31 musicas do Cold Play

domingo, setembro 09, 2007

Essa parada de "bullying".



Bullying:
um termo de origem inglesa utilizado para descrever atos de violencia física ou psicologica intensionais e repetidos.
A palavra "bully" significa valentão, e é esse o autor das agressões á estudantes das escolas atuais. Nesse exato minuto, milhares de estudantes estão sendo violentados por outros estudantes.


O que me levou a escrever sobre isso?
Bom, pra começo de conversa, eu estudo numa escola em Belo Horizonte em que na maioria só tem riquinhos. Sim, esses mesmos: os "pitboys" "patricinhas" "boysinhos" "filinhos-de-papai" e tudo mais.
Essa nata da sociedade só sussega o faxo quando coloca o outro pra baixo, no chão.
Não adianta voce tentar se enturmar numa escola que nem a minha, se voce nao tiver bala na agulha. Sem dinheiro não dá mesmo.
Agora, se você for entrar la com um belo tenis da Adidas, uma blusa da Oakley, um iPod na mão e um boné daVon Dutch ou sei la como se chama, pode ir tranquilo porque vai achar um tanto de amigos, alias, "amissíssimos", porque quanto mais dinheiro voce tiver, mais a amizade será verdadeira.
E todo mundo sabe disso, uma cambada de hipócritas na minha opinião.

Eu fiz otimos amigos na minha escola, uma turminha que apesar de ter dinheiro, não sao um bando de futeis que nem essa galera. Mas vou logo dizendo que eles são um excessão em meio de tudos esses bullys.

A minha sorte de nao ter bullying nas minhas costas é que na verdade, e graças a Deus, minha familia nao tem nenhuma dificuldade financeira, e se eu tenho um iPod na mão é porque eu enchi MUITO o saco pra te-lo, e se minhas roupas são de marca, é porque eu acho que elas vestem melhores do que as outras... Eu não as visto só pra mostrar que "eu-visto-roupa-de-marca", e não critico os outros que nao usam. Afinal, não é da conta de ninguem.

Mas o que me chamou atençao essa semana na escola foi a professora de biologia perder um horario inteiro da sua aula passando um video pros alunos da minha sala sobre o Bullying.

Bullying: a razao do meu professor de historia ter que tirar LICENÇA no trabalho por causa de problemas serios de saúde. Extrese e depressão, talvez.
O coitado ja entrava em sala rezando e se perguntando o que é que os alunos iriam "aprontar" dessa vez. Era só ele virar as costas pra lousa que um individuo la de tras da "turminha da bagunça" joga um vidro de corretivo nas costas dele.
É ai que voce pensa no tamanho desrespeito a um cara que passou anos na faculdade estudando pra ser professor, e tem que suportar esse bando de adolescentes metidos quando vai trabalhar. Ele não é tratado como um professor, e sim como um cachorro qualquer.
É claro que é o professor que deveria manter o controle da situaçao na sala, mas nesse caso era impossivel. Os "bullys" da sala nao deixavam, e se eles zoavam, toda classe tinha que zoar tambem, se não o "zoado" vira você!

Outro exemplo na nossa sala, é um aluno, no qual nao vou nem citar o nome, mas que ta saindo da escola porque foi tão mal-tratado e excluído dos outros alunos que agora deve estar até fazendo tratamento psicológico.
Me lembro de como ele chegou no começo do ano; brincava e conversava com todos, provavelmente tentando se enturmar, e acabou sendo motivo de zoaçao.
Um garoto simples como qualquer outro, talvez por ser de uma baixa classe social, foi tambem tratado como um animal.
Era só surgir um assunto qualquer na sala que ele era apontado como o "babaca" da sala.
Ele tem ate um problema de vista serio, nao consegue enchergar direito e não ha oculos que resolva, mas mesmo assim a galera chama ele de cego, retardado e uma serie de outros nomes ofensivos.
Fui conversar com ele essa semana:

-Fiquei sabendo que voce ta saindo da escola... porquê?
(dei uma de desentendida)
-Poisé... sabe, nessa escola não tem gene humana não.

Fui saber pra que escola que ele tava indo depois, e era pra uma publica de BH, onde só tem estudantes conhecidos como "favelados", ou por assim dizer na minha escola.
E é ai que eu fico sem saber o que falar.
Ironico, o bando de "favelados" que os riquinhos nao cansam de zoar, são até mais HUMANOS que eles.

O preconceito é enorme em qualquer lugar que você vá nesse mundo, seja racial, seja o que for.
E aonde que isso tudo cresce? direto nas escolas.
É atraves do bullying que milhares de adolescentes tem cometido suicidio, mudado de escola no meio do ano, motivo de depressao, e mais outra serie de coisas que podem marcar até na vida adulta deles.
Quem nunca viu uma cena naqueles filmes americanos em que passa um valentao do tipo de futebol da escola e empurra o "nerd" na parede deixando os livros dele no chão.
Ou entao um tanto de garotinhos roubando o dinheiro de outro estudante, meninas lindas e loiras excluíndo a ruiva gordinha na hora do recreio por causa da aparencia física.

Portanto, deixo claro aqui o meu protesto contra Bullying.
Eu que nao fazia a mínima idea do que era, ate tomei vergonha na cara por descobrir que de vez enquando eu praticava sem nem saber! Seja num pequeno comentario entre uma zoaçao ou outra.
Vamos ajudar os nossos amigos.
Não faça com os outros o que você nao quer que façam contigo.
Deve se amar o proximo como se fosse a ti mesmo.

Diga não ao Bullying!


quinta-feira, setembro 06, 2007

, deus.loucura e sanidade:

Eu me cansei.cansei de estar sempre certa,
cansei e estar sempre errada.
"certa" para mim.
"errada" para eles.

Por isso que quando eu digo que sou louca, tenho certeza de que nao é o meu sarcasmo falando por mim.
Dessa vez não.
Dessa vez o meu desespero tomou conta da minha loucura.
A MINHA loucura de estar sempre certa.
A minha loucura de estar SEMPRE errada.

E será o todo poderoso Deus, quem devolverá a minha sanidade?
Talvez Deus, loucura e sanidade não poderiam estar juntos na mesma frase.

Talvez, porque nem "Deus", nem "loucura", nem "sanidade" sequer EXISTAM...

sábado, setembro 01, 2007

Tem dias, tem horas, tem vezes que CANSA!


Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou CANSADA.
Sim, casasada mesmo.

Vontade de te dizer um tanto de coisas na cara... um tanto de coisas que voce provavelmente nunca ouviu ninguem te dizer antes.
Nessa sua cara de garotão... de quem nao precisa de nada, nem de ninguem, muito menos de AMOR.
"PFF..." ate parece. A MIM voce não engana.

A inteligência sem amor, te faz perverso
A justiça sem amor, te faz implacável
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita
O êxito sem amor, te faz arrogante
A riqueza sem amor, te faz avaro
A docilidade sem amor te faz servil
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso
A beleza sem amor, te faz ridículo
A autoridade sem amor, te faz tirano
O trabalho sem amor, te faz escravo
A simplicidade sem amor, te deprecia
A oração sem amor, te faz introvertido
A lei sem amor, te escraviza
A política sem amor, te deixa egoísta
A fé sem amor te deixa fanático
A cruz sem amor se converte em tortura
E a vida sem amor... não tem sentido...


E hoje, especialmente, nao quero que você me entenda.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

sábado, agosto 11, 2007

Love is game for losers.




Eu simplesmente nao entendo a minha vida "amorosoa".
É a parte da minha vida que eu nao consigo entender.
Parece um livro com folhas amassadas, com uma letra, ou melhor, um garrancho ilegível.
E eu, romantica que sou ate a ponta dos cabelos, vivo nessa idiota ilusão todos os dias achando que o "amor" é o sentimento mais lindo do mundo.

Desde pequena eu sempre tive a sensação de que toda vez ao virar a esquina de uma rua, eu vou dar de cara com o meu "principe encantado".
Patetico.
Hoje o resultado: eu não acredito mais em conto de fadas, eao consigo nem ler meu proprio garrancho.

"O que a gente chama de amor é apenas o álibi consolador da uniao de um perverso com uma puta, é somente o véu rosado que cobre o rosto assustador da solidão invencível."

Eu queria pensar que essa coisa de amor não é necessaria pra ninguem.
Eu queria ter o coração frio que nem o dele.




quarta-feira, agosto 08, 2007

Boys vs Girls


Esses dias me peguei conversando no carro com a minha mãe.
A gente tava voltando de BH pela estrada quando um amigo me ligou, a gente tava batendo aquele papo, com girias, risadas, palavroes, e patatá...
Quando eu desliguei o telefone minha mae soltou: "Alline, voce nao é dquelas garotas que só tem amigo HOMEM nao né?"

Dai eu fiquei naquele momento de reflexão antes de responder...

Pensei o seguinte:
Na verdade sim. Agora que eu to me lembrando.... de todos os amigos que eu tenho a maioria são garotos. Garotos que me ligam pra conversar, me pedem "conselhos amorosos", reclamar da namorada que traiu, reclamar do menino que vai dar porrada, choramingar pela nota baixa...
Enfim, são os garotos da minha vida.

Eles estavam lá pra mim quando eu terminei o meu namoro foram eles q me deram conselhos... e o melhor de tudo, sem "climinha" nenhum sabe?
Nada daquilo de dar uns beijinhos de vez enquando, porque quando eu falo que são amigos, é porque são AMIGOS de verdade.
Acho que o mínimo que eu posso fazer, é o mesmo que eles fizeram por mim.

Agora e as Garotas???? onde elas se enfiaram?
Porra, tudo bem que eu tenho amigas, alias eu tenho bastante amiga mulher, mas se eu considerar 5 das 100 que eu tenho é muito.
As unicas amigas mulheres que eu tenho em que eu posso confiar mesmo tão por aí, sempre que eu precisar tou com elas.

Mas mulher? bahh...
A quem estamos enganando?
Mulher é um bicho falso, traícoeiro e interesseiro... e eu falo isso porque eu mesma sou uma mulher ;-)
hahaha, não que eu seja tudo isso aí, mas as experiencias que eu tive com as minhas "amiguinhas" nao foram mesmo das boas.
Muitas delas deram em cima dos garotos que eu gostava, ou ate mesmo do garoto que eu estava namorando!!
é um absurdo... elas nunca tão lá quando se precisa... porra, elas sao mulheres! E eu tbm sou... e ate parece que eu vou apresentar aquela minha amiga super-gostosa pro meu namorado!

Agora os garotos não...
Eu estudo com eles, reclamo com eles, grito com eles, rio horrores com as piadas sujas deles, enfio a porrada neles qdo eles traem a namorada, falo que malhar nao ta adiantando... ou ta ate adiantando... falo quando tem que cortar o cabelo e quando não tem...Eu ligo pra eles pra pedir conselho com qualquer tipo de BESTEIRA... as vezes eles ate apelam "alline, pelo amor de deus, será que ce ta axando que eu sou VIADO?!" " Como que eu vou saber se comer melão o dia inteiro emagrece??!".
Quando eu vou sair eu pergunto " Eu to gorda com essa roupa?"
e como qualidade da sinceridade dos homens, eles sempre respondem que sim se eu estou de fato gorda. (observando que se fosse uma mulher, e eu tivesse gora elas viriam com aquele papo de "é claro que nao migaa... ta linda" porque pra elas, quanto mais feia uma tiver melhor, assim 'realça' a beleza delas pff)
Acho que por causa deles eu devo saber tudo sobre, carros, futebol e mulher (he-he-he)
Outra otima vantagem de se ter amigos homens, é que com eles se a gente tiver em algum lugar e um cara mecher com vc, eles ja partem pra cima metendo a porrada.
Com eles eu nao tenho vergonha de fazer nada... nenhuma gracinha, nao tenho vergonha de aparecer desarrumada ou sem maquiagem porque eles tao é pouco se fudendo pra essas besteiras mesmo.
Com ELES a gente pode falar de tudo... se falar palavrao, é como se fosse do vacabulario nato, mas se falar "cocô" com as amigas vem aquela cara feia ne "credo alline..." hahaha
Fora que eles são bem, bem, bem mais enngraçados que as garotas...

Garotos... garotos... queria mesmo é ser um deles de vez enquando. hahaha ;-)

sábado, julho 28, 2007

E por "increça que parível"...

Um brinde ao visual novo do blog! inalmente consegui achar um titulo de ACORDO, e consegui encaixar uma foto la em cima hehehe Serendipity, é uma forma de acreditar no destino. E é pelo modo de entregar TANTO a minha vida pro pobre coitado do DESTINO resolver que eu mudei o nome do blog. Espero que tenham gostado =P





Ultimamente eu tenho reparado nas constantes visitas ao meu Blog, de pessoas que ao lerem o meu post, vem conversar direto comigo no MSN ou no telefone sobre o que eu escrevi.
E por "increça que parível", elas têm falado comigo sobre os posts (os quais eu chamo de depressivos) em que eu escrevi sobre o o que eu sinto em relaçao ao meu término de namoro com o Raian.
Eu sei que 2 dos meus ultimos posts foram bem... vamos dizer "dramáticos". Eu me encontrava numa situaçao em que achava que NINGUEM me entenderia.
E vejam só se nao me surpreendi, e muito?!
Acabei conversando com tantas pessoas, tanto mulheres quanto homens me sizendo que sentiram essa mesma sensaçao de perda, vazio, desapego, arrependimento e saudade...

Me chamou bastante atençao, a quantidade de HOMENS, dizendo que sentiram tudo isso depois de terminar um relacionamento.
Sem querer preconceituosa, mas ja sendo um pouquinho.... Quero dizer... HOMENS? é meio dificil de acreditar que eles sintam tudo isso... Mas eles SENTEM e passam pela mesma fase dificil que nos mulheres passamos (sorte a deles que nao engordam tao facil com sorvete e nao tem TPm)

Enfim, conversar com essas pessoas, me fez um bem enorme.
Muitas delas tinham ate um relacionamento muito muito maior do que o que eu tinha, e tudo simplesmente acabou.
E acho que isso é o que tem que acontecer nao é? ACABAR. ACEITAR e seguir em frente.
Conversar com eles tambem me deu força pra seguir em frente, porque se ELES e ELAS passaram por tudo isso e estão bem hoje, porque não eu?

O amor é ou nao é uma coisa intrigante?! Mesmo estando numa fase miserável da vida, a gente ainda consegue encontrar um indivíduo que ja se sentiu o mesmo saco de merda.

;-)

sábado, julho 21, 2007

Bom partido é varão!


Tudo bem que meus pais viraram evangelicos de um ano pra cá.
E tudo bem que agora eu estou solteira.
Mas será que por causa disso eles tem de me arrastar pra igreja pra arranjar MARIDO?!

Ta bom, eu sei que o sonho da vida deles é que a familia inteira se converta como eles fizeram, que todos vao na igrja 3 vezes por semana que nem eles e que leiamos a bibiblia bonitinhos antes de dormir.
Mas das ultimas vezes que fui tentar agradar eles indo pra igreja no domingo, os episodeos sempre eram os mesmos:
Eu completamente sem graça no meio daquele povo totalmente desconhecido e estranhamente alegre, abraçando todo mundo e gritando "LOUVADO SEJA O NOSSO SENHOR JESUS CRISTO" pra cada um que via pela frente.

Muita das vezes eu entrava na igreja e vinha aquele tanto de tia apertando minha bochecha como se eu tivesse 8 anos de idade "ela não é uma gracinha! BENZA DEUS!".
E as mesmas 50 pessoas que eu cumprimentava na igreja eram as mesmas que falavam: "MAS VOCE É A CARA DA SUA MAE!? NAO TEM NADA A VER COM O PAI" passavam se menos de 2 minutos quando outro individuo cristão partia pra cima das minhas bochechas dizendo exatamente o contrario: "MAS VOCE É A CARA DO SEU PAI! NÃO TEM NADA A VER COM A MAE!"

Enfim, entre essas e outras, minha cabeça fica confuza ao responder o meu pai quando ele me pergunta no domingo a tarde com a carinha toda anciosa: "Eaí minha filha, vamo pra igreja com a gente?".

Voltando ao assunto principal,
Os VARÕES da igreja.
Isso mesmo que voce leu.
Eu ja sei o que voces devem tar pensando... nao, nao isso nao suas mentes sujas!
Os "varões" da igreja são os moços, os jovens bonitoes da igreja que segundo a minha mae, são o genro que toda mae quer ter. (afinal não sao eles que puxam o saco de todo mundo, oram dia e noite, sabem de cor os versiculos da bíblia e cantam no altar antes de começar o culto).

Ta ta ta...
O episodeo passado, eu não sabia o que era um "varão".
Tomei a liberdade de perguntar a minha mae, e ainda por cima fazendo uma piadinha suja. (ela não gostou muito da piada) Mas me explicou e ainda teve a audacia de chegar na igreja, no domingo, na frente de todo mundo e apontar pra 3 garotos, bem arrumados com o gelsinho no cabelo e falar em voz alta: "OLHA LÁ MINHA FILHA, OS VAROES DA IGREJA, OS SOLTEIROS COBIÇADOS! VE SE ARRANJA UM DESSE PRA MIM" (quer dizer, pra voce).
E olha que eu nao costumo ficar vermelha, mas eu fiquei dessa vez, e ainda por cima os garotos ficaram me olhando o culto inteiro como se eu tivesse interessada neles.
Faça me o favor, se eu quisesse pessoas descentes pra "namorar" eu estaria indo na igreja todo dia.

Vai ver eh por isso, que depois daquele dia eu nunca mais voltei la. ;-)

quinta-feira, julho 19, 2007

Acabou?


Caramba...

tem horas que eu saio de casa, com o ipod no ouvido numa musica bem animada (Suddenly i see do 8Kt Tunstall por exemplo) e saio caminhando como se tivesse ganhado o mundo. Mesmo que seja só por uma caminhada por entre as arvores do meu condomínio.

Nessas horas mil pensamentos me vem a cabeça, pensamentos do tipo: "eu não preciso de ninguem, eu sei me virar muito bem sozinha" ou "eu nunca mais vou me demonstrar fraca na frente de ninguem... principalmente pra ele"

Basta só chegar em casa, tomar um banho quente, que esses pensamentos são levados com agua pelo ralo do meu boxe.

Eu deito na minha cama, ligo o abajur e começo a ler... eu leio a pagina trocentas vezes mas não consigo tirar da cabeça os pensamentos que são exatamente o oposto daqueles que eu senti.

Eu fico revirando o passado.Eu sei que tudo vai ficar bem...Mas eu sinto a falta dele.

Eu realmente sinto, e tem horas que eu nem lembro que ele existe, mas eu sei que ele ta ali na minha cabeça e pode voltar a aparecer na minha mente a aqulquer momento.

Se eu assisto tv eu me lembro das tardes e noites inteiras que a gente passava no mesmo sofá... reclamando quem queria assistir o que, brigando de 5 em 5 minutos, mas nunca deixando de se encher de beijos entre cada briga.Tem horas que cada pedacinho da casa me lembra dele.Tem horas que não.

Eu finalmente decidi esquecer dele.

Fui eu quem terminei com ele, e essa foi a historia.Daí começavamos a ligar um pro outro... eu sentia falta dele e ligava na hora. Mas daí eu comecei a perceber uma coisa.

Não era mais a mesma coisa.

Pareciamos duas pessoas completamente diferentes.

Nosso senso de humor tinha mudado.

Talvez nunca seja a mesma coisa.

Comecei a me sentir ridicula...

Ridicula por ter terminado com ele, e ainda continuar falando com ele. Falando nao, porque conversar de vez enquando é normal e espero nunca perder o contato com ele.

Mas... continuar com os "eu te amo" já nao tava mais dando.Eu ainda o amo MUITO.

Mas ele mesmo me fez perceber o quão patetico isso tudo parecia: Ela termina com ele, ele fica arrasado, ela tambem, depois os dois voltam a se falar, ficar, e toda rotina de antes, com uma unica diferença, a fala sempre estava nos nossos labios "nós nao estamos mais namorando, lembre-se disso"E pra que isso?Eu amo tanto ele...

Talvez ele nem saiba o quanto, e nem quero que saiba.

O "tapa na cara" que ele me deu aquele dia no telefone, nem doeu tanto, mas me acordou.

Eu ainda sinto a falta dele... e tenho certeza que ele ainda sente a minha. Tenho certeza de quando eu me deito na cama a noite ele esta la na dele pensando em mim tambem... um dia isso tudo vai acabar e seremos só duas pessoas normais de novo.

E vai ser nesse dia que eu vou querer conhecer ele novamente.

Ou não.
Eu só quero parar de pensar em nos dois, como se fossemos duas pessoas deconhecidas... como se fosse algum tipo de filme de romance. Eu quero que esse filme acabe.



PS: eu juro que vou parar com esses posts depressivos.

sábado, julho 14, 2007

A solidão lhe cai bem.

Talvez eu simplesmente tenha que me concientizar de uma vez por todas que eu estou sozinha mesmo.
Sozinha de verdade.
Os "melhores amigos"... os quais achei que durariam pra sempre, já se foram á muito tempo e eu nem percebi.
Hoje tenho outros amigos, amigos que na verdade nao tenho certeza de quem são. E apesar de serem poucos os que eu consigo chamar de amigos, eles sao muitos...
Nem sei se vão durar pra sempre, mas para nao cometer o mesmo erro que cometi com os outros, prefiro não pensar que vão durar para sempre.

O mesmo aconteceu com o meu amor.
Aquele que eu achei que duraria ao meu lado a vida inteira e hoje não faço a mínima idea de onde esteja ou como esteja.
Ele já se foi, e que pediu que o fizesse foi eu. Haha... justo eu que até hoje não tenho a mínima certeza do que eu quero de verdade.
A indecisão tomou conta de mim.
As vezes não sei se o quero de verdade, ou se preciso dele... talvez os dois motivos, talvez nenhum dos dois.
Tudo que eu sei é que eu ainda amo demais. Mas do que que essa droga de amor adiantaria?
Que eu sinto saudades eu sinto, mas mesmo ainda assim não sei o que quero.

E será que é só eu, ou ninguem sabe o que quer?

Da família eu ja nem sei o que falar.
Quero dizer, minha família é problematica, mas que não tem uma família problematica?
O problema é que eu estou a ponto de pular de um predio de 100 andares sem nem perceber.
100 andares.
100 problemas nao resolvidos.
100 indecisoes cretinas.
100 amores e amizades ainda sem destino.
As vezes acho que eu nem faço diferença na minha família, ou só faço diferença quando algo de ruim acontece, quando a culpa vem em cima de mim.
Um simples erro não passa nunca despercebido.
Tem horas que eu os odeio tanto que chega a doer em mim! Talvez por não retribuírem da forma que eu gostaria. Acho que a problematica sou eu.

E vai ver existe isso mesmo. Chega uma hora na sua vida em que voce se encontra só. E a minha foi agora... olhando pra esse quarto que agora me parece estupidamente verde neste momento, de pijama numa sexta feira as 8 da noite.
Quão patetico isso lhe parece?
A depressão voltou a bater na minha porta. Acho que vou sumir no meu universo, mas dessa vez eu digo: que tudo se foda.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Where do you see your self in ten years?


Quando eu estou triste, eu tiro forças de você.
E quando você está perdido eu sei como mudar seu humor...
E quando eu estou triste você me sopra vida.
Ainda que estejamos milhas longe nós somos o destino um do outro...

Destiny - Zero 7


É serio.
Tem horas que eu queria tar lá em Nova York, num frio do cacete, dentro de um apartamentozinho decorado por mim, com um armario cheio de roupas e sapatos de marca comprados a custo com o meu cartao de credito estourado (do meu 'suado' trabalho) tomando um café bem preto e forte com creme por cima.
Na parede da frente do quarto um mural com fotos em preto e branco da familia, e dos amigos, para que todos fiquem no passado.
Me imagino com uma calça de falanela (xadreza com preto branco e vermelho) e uma blusa de frio de malha cinza bem grande e aconchegante com uma toca gigantesca caindo pelas minhas costas.
Meu cabelo lisinho e bem cuidado preso num coque.

Lendo um livro na minha cama, que fica em frente a janela, tirando os olhos do livro apenas pra ver os flocos de neve fininhos caindo la fora na janela.
Meu iPod no canto tocando Zero 7.
Queria ter 26 anos e isso tudo acontecendo agora.

E voce, pra onde voce vai daqui a 10 anos?

Meu humor nao esta muito bom agora, quando estou muito pra baixo com o resto do mundo, eu simplesmente esqueço todos os meus outros planos e eu fecho os meus olhos e desejo com todas as forças que dê algum piripaque na maquina do tempo da terra, e eu ja esteja la.
É nisso que penso quando brigo com meu namorado e minha familia.
É nisso que eu penso quando brigo com quem eu amo...

Para que eu só os veja e lembre dos meus problemas (com um certo carinho e admiraçao) quando olhar pro mural de meu quarto com as fotos do passado em preto e branco.

domingo, janeiro 07, 2007

It's all relative.


Sabe, as vezes eu tenho vergonha de ser da minha familia.
é serio, eu os amo, agente briga de mais, e principalmente a FAMILIA briga em si de mais...
é gente brigado dalí... a tia abraçando a mae cheia de amores e quando a outra vira as costas dalhe a fofoca... "ai, ela tava meio gordinha quando eu abracei sabe...?".

Enfim.... eu acho que pelas partes da minha familia serem muito muito diferentes uma da outra que esses choques e faiscas acontecem. (pera, na verdade nao porque irmao briga com irmao entao... ah fodas.)

O que eu me sinto mal em reaçao a minha familia é o fato de como cada um resolve as coisas... (inclusive eu as vezes). Sabe? briga aqui e briga ali... cabeça da irma de 3 anos rolando a escada abaixo, papai chamando o meu irmao de vagabundo porque paga a faculdade e ele nao estuda, mamae me mandando lavar alouça (e eu freca que da dó) começo a falar sobre os direitos feministas e bla bla bla...

Eu fui para os Estados Unidos a exatamente um ano atras, no final de 2006, para ficar longe um pouco da minha familia em geral, achei que ia fazer bem a todo mundo se eu ficasse fora por uns tempos (ja que como eles diziam eu era o motivo de todas as brigas) e apesar de tudo eu queria mesmo ir... tomar rumos novos, amadurecer um pouco...

So nao sabia que ia ter que sofrer tanto pra ter que amadurecer... porque puta que pariu viu?! Eu entrei em depressao... e 2006 inteiro que eu estava la tive momentos muito bons mas eu sofri que nem uma pobre condenada.
De saudade... de falta de amor, de carinho, dos eu te amo's, da minha cama no brasil, das amigas, de ate mesmo da familia briguenta (senti bastante saudade deles viu... ainda nem sei explicar) mas senti saudade principalmente do meu namorado, com o qual eu vivia feliz e triste num namoro condenado viciado numa tela de computador a distancia.
Ele foi sim, quem me deu mais felicidade, mais força, mais amor, mais calor, e mais dor do que qualquer outra pessoa nos estados unidos ou no brasil.
Quando fui pra la a gente tinha 5 meses de namoro, namoramos mais 7 meses a distancia... e agora vivemos com um ano e meio nas costas.

Estavamos conversando sobre isso no telefone ontem... por faz uns 6 meses que eu voltei dos estados unidos... e nunca mais tocamos no assunto de quando eu estava la... nem um "lembra aquela vez no computador em que..." nada. zip.
E acho que nunca tocamos no assunto porque isso foi uma fase na nossa vida que doeu DEMAIS. A questao da saudade... dos amor que aumentava e diminuía a cada dia, das desconfianças das brigas...
tudo aquilo doía de mais.

Claro que quando voltei tudo foi um mar de rosas... tava tudo lindo e maravilhoso... ate passarem os primeiros meses e o mar de rosas se tornar um mar cheio é de espinhos malignos e venenozos. Muitos problemas aconteceram... nem citarei porque seria uma looonga historia e isso aqui nao é um livro, nao é mesmo? ;-)
O que da pra explicar é que houve uma interferencia muito grande da minha familia... e hoje eu sei que se eu tivesse resolvido o meu problema sozinha com ele... tudo de ruim que aconteceu, nao teria existido...

E é por essas e muitas outras que as vezes sinto vergonha da minha familia...
sei que no fundo eles queria ajudar... se sentiram responsaveis, mas eles acabaram se metendo demais.
E isso que minha familia tem mudar... a questao da independencia, da solidariedade, de ver o problema dos outros com carinho e nao com maldade.
Agradeço muitas coisas aos meus pais... eu amo eles e acho que nao existiriam melhores pais para mim, mas do mesmo jeito que que agradeço e amo eles, eu dispenso varias coisas dentro de mim que vem deles... com amargura e um pequeno odio angustiado aqui dentro.

well well... achei que passei a idea que queira de minha familia.
and remember that its all relative!

sábado, janeiro 06, 2007

Apenas o começo de uma futura possivel desistencia.





Começo de ano...

sempre aquela mesma (força de) vontade de ter um blog.
Eu vejo algum blog, ou um poema e logo morro de vontade de postar... é claro ne?
é começo de ano, as coisas ainda estão fresquinhas, pessoas ainda tao felizes e cheias de espectativas pra 2007. Mal sabem elas que em poucos dias todo voltará ao normal de novo, o batente, os estudos, e daí ate a vontade de continuar o blog passa... (afinal nao tem mais porra nenhuma de bom pra contar, a nao ser a rotina, o texto de 60 folhas sobre os sem terra (OU outro algo do tipo) que o seu chefe ou professor lhe deu para ler ate amanha, e os 120 carboidratos que voce ingeriu ao comer aquela coxinha hoje de manha e passou da linha na dieta) é, realmente nada de interessante. ;-)

Ate que junto com esse blog, estou fazendo tambem meu Flickr pela decima primeira vez pelas quais esqueci sempre a minha senha. Até porque sao 234 fotos que a Bruna Lacerda tirou de mim (como esta aí do lado) ontem de manha como passatempo... tem que postar ne? se nao todo o meu esforço de "modelo" nao valeu pra nada :P
Enfim, espero continuar com esse blog ate o final do ano pelo menos.

Ate la podem acontecer coisas interessantissimas ja que a minha vida é uma novela do Manoel Carlos. Mas o que me faz mesmo desistir dos blogs sao as pancadas da vida que eu começo a levar durante o ano. (que aí ces sabem né? o drama de "nao-quero-mais-continuar-a-minha-vida" ou "vou-me-matar-semana-que-vem" e tambem tem o "nao-faz-mais-sentido-eu-continuar-essa-porra-de-blog-isso-é-coisa-para-otarios"

espero nao levar muitas pancadas esse ano do Manoel Carlos... por que 2006 nao foi legal nao, viu amigos?