sexta-feira, outubro 23, 2009

conversa de botas batidas.

vontade de sentir sensações que eu nunca conheci e nem dei importancia a conhecer na vida.
hoje joguei todas as minhas tralhas foras, livros inúteis, cartas e bilhetes sem importancia, provas que gabaritei no ensino medio, provas que tirei 0, aquelas de matematica que eu nunca vou aprender mesmo...
faz algumas semanas que sinto minha vida passar em sursis, como se eu tivesse em uma grande esteira rolante vendo tudo passar, tudo evoluir, tudo decair.
eu já não estudo mais como eu tanto gostava antes... nao tem mais prazer, nem mais tesão em aprender coisas novas que eu sei que vou esquecer em meros dias ou ate mesmo em horas.
já nao escuto mais as musicas que antes me agradavam tanto.
já nao escrevo mais com tanta paixão. nem no meu caderno, nem aqui, nem em lugar nenhum.
já nem leio mais meus e-mails. alguns de meus livros se vestiram com poeira.
minha vida se resumiu a um imenso nada, dentro de uma bolha, vivendo na minha própria ostra. me sinto, lá dentro, uma embriagada de vinho tinto explicando pro estrangeiro ao meu lado: suddenly my life is shit.
eu conheço pessoas que digo que amo, mas tenho tanta preguiça, sou tao folgada e mesquinha que tenho vontade de tranforma-los em marionetes para controlar suas palavras que me machucam, seus sentimentos indiferentes, suas conversas desgradaveis, seus amores rídiculos que me fazem cada dia mais acreditar que amor, aquele amor mesmo, não existe.
todos foram embora. pai, mae, avôs, tios, tias... só aparecem em momentos de tragedia ou festa.
o namorado tambem esta na esteira rolante comigo, so que na outra esteira rolante. a dele, eventualmente vai tomar um caminho diferente, e esse vai ser o dia em que finalmente vou perde-lo de vista.
somos dois barcos em rios diferentes...
somos dois.
seremos só um... seremos cada um por si.
eu não consigo mais alcança-lo, e ás vezes me falta a força que devia vir dele para me buscar também.
jogo sujo.
eu gosto tanto dele que é capaz dele gostar de mim também.
minha determinação ja se foi. não tenho mais vontade de aprender bolero, nem desenho, nem costura, nem alemão, nem gamão...
eu cansei das minhas obrigaçoes.
já tá ficando tarde, o café se esfria sozinho, o vento para de soprar as folhas pra dentro da minha janela, quando vou olhar o dia já se escureceu, e eu fiquei aqui, parada, sozinha a contemplar o meu proprio teto.
eu sei da minha vida. eu sei dos meus erros fatais.
mas um belo dia vc acorda, vai no banheiro, lava o rosto and the mirror says: who the fuck are you?
quando nada mais faz sentido é sinal de que você se perdeu.

mas sabe quando vc já esta quase morrendo na cama de hospital e sente o doutor te recussitar com os choques?

domingo, junho 28, 2009

e o Rio de Janeiro continua sendo...



Só percebi que estava de volta á BH quando o onibus ja estava á 5 minutos da rodoviária.
Havia adormecido com um livro na mão nas ultima hora de estrada.
Olhei bem pela janela, a capital mineira estava submersa a um céu pálido, dia claro, porém nublado, e as ruas pouco convidativas. Minha ciade nunca me parecera tão indiferente ao me ver.
Eu não queria sair do ônibus. Fiquei analisando vagamente as diferenças entre as minhas duas cidades favoritas, e o fato é que quando sexta entrei no mesmo ônibus para ir ao Rio de Janeiro, não conseguia nem dormir na viagem de tanta excitação e pensamentos a mil por hora na cabeça. Até tentei dormir, pra ver se as seis horas de viagem passariam mais rápido, mas foi inútil.
Envolta por pensamentos e reflexões que não me fariam chegar a lugar algum, confortável e quentinha nas minhas duas poltronas foi inevitável não dormir na viagem de volta a Belo Horizonte.
Ao chegarmos ao centro de BH, ali pela avenida do Contorno, o onibus permbulava devagar por causa do transito intenso daquele horario. Abrindo os olhos, acordando do sono pesado ao qual eu havia entrado e ainda cansada das 6 horas de viagem, lentamente fui percebendo os taxis que já não eram mais amarelos. Não haviam mais tantos predios enorme e apartamentos. Os pães de açucar do Rio de Janeiro se transformaram em belos horizontes. As blusas horrorosas do flamengo, haviam sido substituídas por blusas igualmente horríveis do cruzeiro. As mulheres voltaram a ser mais simples, de belezas recatadas, bem vestidas, que mesmo cobertas nao deixavam de dispersar olhares, diferentemente das cariocas que de lá só exibiam seus pecados públicos, o corpo sarado, coxas, cabelos, seios e olhos repleamtos de segundas intençoes. Os bares de fim de tarde tocavam sertanejo, com mineiros que acompanhavam suas letras musicais por entre uma xicara de café e um pão de queijo.
Minha cidade não apresentava mais os perigos do Rio, tinha um ar tranquilo de fim de tarde belo horizontina, eu assistia áquilo tudo pela janela do meu ônibus, como se fosse um documentário da TV.
e meu coraçao voltava a ser sozinho...

de volta a minha cidade que podia até não ser "maravilhosa", ou ter um cristo redentor a me observar, mas que tinha um lugar especial bem grande reservado no meu coraçao, isso tinha.
Uma cidade que só não me tem por completa devido as enormes correntes e obrigaçoes que me prendem á ela, não me deixando escolha a não ser fugir e o mais rápido que eu puder.
Essa cidade, que apesar de não ter mar, pra mim sempre foi perfeita, e eu nunca me mudaria se esta nao me tirasse a vontade de viver aqui por nao me oferecer a liberdade que eu tanto mereço e sem a qual nao sobrevivo. Por fazer pesar no meus ombros os piores sentimentos e acontecimentos da minha vida, uma cidade que já não perdoa mais o meu passado.
Essa cidade que apesar de ter tanta gente diferente e interessante, nao me faz meu coraçao bater forte por ninguem, a nao ser por um carioca pelo qual eu havia acabado de me despedir.
E até nisso o Rio tinha de melhor!
ao lembrar do rosto de menininho dele ao acordar me chamando de princesa, dos beijinhos como peixinhos a nadar no mar, do meu aprendiz de forró, dos pedalinhos na lagoa Rodrigo de Freitas, das nossas desavenças de Ipanema e das mãos dadas no cinema.
Comecei entao as inexplicáveis saudades de sempre, que só vao acabar quando nos vermos de novo para entao começar novamente na rotina de nos despedirmos sempre.
E eu juro que se depender de mim essa rotina acaba logo.

Mallu e Camello " I can't believe I found someone like you around"



Eu sempre escutava as musiquinhas da Mallu, sem nem saber quem era, ou de onde era. Acho as musiquinhas dela bem originais para o padrão musical brasileiro, a vozinha doce dela lembra essas cantoras americanas super bonitonas cantando em algum Salloon americano, de vestidinho vermelho, lindas, leves e soltas em cima de um piano de bar.

Me surpreendi bastante, quando a algum tempo atrás descobri que a Mallu Magalhães é apenas 2 anos mais nova que eu. É impressionante, achar garotinhas como ela que com essa idade cortam o proprio cabelo pra dar pra criancinhas com cancer (isso aê.), tocam com tanta originalidade, tem esse vozerão e estilo próprio, com um ingles impecável (12 das 14 musicas do album dela são em inglês), e ainda por cima tem como ídolos Bob Dylan e Jhonny Cash (eu mesma tenho amigas da idade dela que nunca ouviram falar destes ultimos e curtem mesmo é um pancadão).
Essa menininha tem um jeito proprio, ela eh meio desligadinha do mundo, mas é isso que deixa ela mais querida ainda. Super humilde, ano passado pediu de presente de 15 anos, ao invés de uma festa, grana pra gravar as musiquinhas que ela mesma compôs. Pronto, foi só colocar no myspace e foi um sucesso.

Esses dias abri vi no globo.com que ela tava namorando o Marcelo Camelo, e nata fez mais sentido do que os dois juntos.
Tava causando a maior polémica porque é pedofilia da brava, mas e daí nê?
Eu sei que a lei é clara, e serve para todos. Ele deve ser uns 15 ou 20 anos mais velho que ela e ela deve tar nas nuvens, afinal, quem é que não estaria se estivesse namorando do dia pra noite o cara que ela teve como ídolo desde a época do Los Hermanos?
Não acho que seja jogada da midia, e a Mallu não tem cara de que faz essas coisas, como disse ela parece ser bem humilde apesar de ela ter uma voz maravilhosa.
Alem do que jogada de marketing nesse país tem que ter mulher pelada, video pornô de ex participante do big brother, o sexo na praia.
Os dois me parece super apaixonados, e ele nem aí se ela tem 16 ou 40 anos.
Eu, por mim mesma, conheço inúmeros adultos com seus 30 anos, com uma mentalidade de 16, e essa garota, só tirando conclusões pelas musicas que ela própria compôs, tem uma mentalidade bem avançada pra idade dela.

Hoje vi um video dos dois cantando juntos num show em Recife. Ela entra e corre pros braços dele igual uma menininha envergonhada pela multidão, ele a abraça com um carinho quase que paternal, e quando começam a tocar com uma musica de autoria dele "Janta", ela começa a chorar descontrolada mente de emoção (ooohhhh).
Achei fofissimo ele dando beijinhos na nuca dela, e a partir daí nem ligo mais pro que a mídia diz, nem a que ponto a lei impede que os dois fiquem juntos.
Pelo que vi, os pais dela mais do que aprovam o namoro com o Marcelo (e que pai e mãe nao aprovariam né???).
Estranho seria se a Mallu tivesse namorando aí um bombadão que faz novela da Globo. Isso sim, nao faria sentido.
Essa historia ainda vai dar muito pano pra manga, e a carreira de Mallu, o love affair com Camelo, sem dúvida, só vai trazer boas contribuições. ;-)
Eu duvido muito que o Marcello esteja se aproveitando da inocência da pobre garotinha, como li em alguns blogs por aí.

além do mais, amor sendo correspondido vale tudo, certo?

pra quem quiser conhecer mais das musiquinhas da Mallu:
http://rapidshare.com/files/229676469/MALLU_MAGALH_ES_-_2008_-_MALLU_MAGALHAES.rar
eu indico "Her day Will Come", "It Takes two to Tango" e "Swalk".

sábado, junho 06, 2009

I choose something different. I choose LIFE.

Dentro de casa, a mal criada, rabujenta, respondona, desobediente, feiosa, sem modos - "machinho de saia", como a chamavam quando era pequena; Mais tarde, a dramática, escandalosa, chata, ainda mal criada e respondona, problemática, depressiva, folgada, vulgar, infantil... e mais uma série de adjetivos que prefiro não citar.
Foi assim a vida inteira;
a irmã mal exemplo para a mais nova.
a neta sem caráter.
a filha "mal amada" - como um dia disse a minha mãe.
o inferno que tira a paz dentro de casa - como diz meu pai.
para o meu irmão mais velho, um parasita.
para os tios não sou nada.
para os primos... que primos?

e com esta serie de adjetivos a que fui designada pela minha família, tive a audácia de criar um adjetivo para mim mesma - a destinada.
e sendo toda essa montanha de lixo que sou, tenho ao menos o orgulho ao dizer que não sou em absolutamente nada parecida com vocês.
Hipocrisia tamanha a de voces, em dizer que não tenho que ir embora para bem longe. Hipócritas sim, e esse adjetivo eu tambem não herdei.
Acho engraçado quando voces dizem que eu não "posso" ir embora. Vocês vivem dizendo isso, mas nunca me abraçaram e pediram por favor pra eu ficar. Eu sou completamente desnecessária aqui, e são vocês que me passam isso.
Vou embora pra vocês que tanto amo serem felizes e se afogarem um nos ouros, e não em mim.
Eu quero muito ser feliz.

quinta-feira, junho 04, 2009

Ser brotinho é...



Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.

Ser brotinho é não usar pintura alguma, às vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestido tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. Ser brotinho é lançar fogo pelos olhos.

É viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a contemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. É passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida de lata e cortar o dedo. Ser brotinho é ainda possuir vitrola própria e perambular pelas ruas do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de elepês coloridos. É dizer a palavra feia precisamente no instante em que essa palavra se faz imprescindível e tão inteligente e natural. É também falar legal e bárbaro com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância.

Ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter a bolsa cheia de pedacinhos de papel, recados que os anacolutos tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, uma cédula de dois cruzeiros com uma sentença hermética escrita a batom, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser brotinho é a inclinação do momento.

É telefonar muito, estendida no chão. É querer ser rapaz de vez em quando só para vaguear sozinha de madrugada pelas ruas da cidade. Achar muito bonito um homem muito feio; achar tão simpática uma senhora tão antipática. É fumar quase um maço de cigarros na sacada do apartamento, pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas.

Ser brotinho é comparar o amigo do pai a um pincel de barba, e a gente vai ver está certo: o amigo do pai parece um pincel de barba. É sentir uma vontade doida de tomar banho de mar de noite e sem roupa, completamente. É ficar eufórica à vista de uma cascata. Falar inglês sem saber verbos irregulares. É ter comprado na feira um vestidinho gozado e bacanérrimo.

É ainda ser brotinho chegar em casa ensopada de chuva, úmida camélia, e dizer para a mãe que veio andando devagar para molhar-se mais. É ter saído um dia com uma rosa vermelha na mão, e todo mundo pensou com piedade que ela era uma louca varrida. É ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. É ter uma vez bebido dois gins, quatro uísques, cinco taças de champanha e uma de cinzano sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só um cálice de vinho do Porto e ter dado um vexame modelo grande. É o dom de falar sobre futebol e política como se o presente fosse passado, e vice-versa.

Ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de salmão para o coitado. Mas o bichinho comeu o salmão e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. Ter horror de gente morta, ladrão dentro de casa, fantasmas e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.

Ser brotinho é adorar. Adorar o impossível. Ser brotinho é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijama telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina, tão estranha é a vida sobre a Terra.


Li essa cronica em um livro do Paulo Mendes Campos ontem a noite, terminei com um sorriso imenso no rosto, como se houvesse acabado de ver um filme de cenas extraordinárias, levitando a uns sete palmos, dizendo e concordando pra mim mesma "tão estranha é a vida sobre a terra..."
Uma otima recomendação de livro para quem quer se perder lendo: O Cego de Ipanema - Paulo Mendes Campos

domingo, maio 24, 2009

Desordem disfórica pré-menstrual, ou carionhosamente apelidada: TPM.



Tensão Pré-Menstrual: Sensação de que o mundo vai acabar antes da mesntruação.
Numa dessas aulas sobre o sistema reprodutor feminino, quando eu tinha 15 anos, meu professor de Biologia disse: "esse negocio de TPM, não existe."
Eu levantei a mão e perguntei sutilmente: "O senhor já menstruou?", ele respondeu que não. "Ah, então ta bom." encerrei.

Essa semana, eu tive que tomar 8 comprimidos para dor de cabeça. Eu pensava que fosse pelo fato de ter estado doente, com febre e dor de garganta, mas descobri que isso tudo é brincadeirinha de criança perto de uma TPM quando resolve aparecer de forma avassaladora.
Meu pai que essa semana teve a sorte de ficar em casa e não viajar, me perguntou o que é que eu tinha, pois já era o terceiro comprimido que eu pedia a ele.
- Pai, eu estou DOENTE! fiquei doente a semana inteira! dor de cabeça é sinal da minha fraqueza ainda!
- Minha filha, você já viu se está prestes a... "chegar naqueles dias?"
(O QUE?! COMO ELE OUSA?!?!)
- Como é que é? o que é que isso tem haver com voce?! e c com a minha dor de cabeça?!
Peguei o ultimo comprimido que ele tinha e saí, fui pro meu quarto bati a porta e deitei na cama. Foi aí que comecei a pensar que talvez meu pai poderia estar correto... Ele, com toda sua experiência de casado, convive com a minha mae a mais de 20 anos, e a minha mãe não é lá uma mulher muito fácil. Na sua TPM então, é um Deus-nos-acuda.
Fiz as minhas continhas, olhei no calendário e eu realmente estava sim, naquele período crítico em que toda mulher sente vontade de matar todos e a si mesma.
Essa semana quando tava indo pro cursinho, eu vinha correndo pelas ruas da Savassi, já atrasada pro meu segundo horario. E meu cursinho, já tem uma política bem IMBECIL, de que se o segundo horario começa ás 8:00 da manha, se voce chegar as 8:01 você não entra.
Lá estava eu na minha corrida matinal, com meus livros e cadernos pesando na mochila, na esquina do meu cursinho quando ouço o sinal pro segundo horario bater.
Então eu disparo, e chego a portaria alguns segundos depois. Feliz por ter chegado a tempo(pensava eu), quando vou passar a minha carteirinha na roleta, Ed, o porteiro, um moreno alto gordão que fica na portaria, daqueles que parecem segurança de celebridade em filme americano, disse que eu não poderia entrar. Que ja havia passado um minuto do horario.
Foi automatico, na posição que eu estava, girei a minha cabeça para ele, como se fosse um robô, ainda tentando passar inutilmente a carteirinha na roleta e perguntei:
-COMO FOI QUE DISSE?
-Você não pode entrar.
-PORQUE?
-Esta um minuto atrasada.
-EU... QUE.. MAS.. AHHHHHHHH!!!!!!!!
é. foram sons meio inexplicáveis que saíram da minha boca. ele olhava pra mim boquiaberto.
-EU ESTOU 28 SEGUNDOS ATRASADA E VOCE NAO VAI ME DEIXAR ENTRAR?!?!
-olha... é só esperar para o próximo horario... o diretor não deixa e...
-NAO!! VOCE DISSE QUE EU NAO POSSO ENTRAR PORQUE EU ESTOU 28 SEGUNDOS ATRASADA! eu VIM CORRENDO DESDE A RUA PERNAMBUCO, CHEGUEI AQUI EM TEMPO RECORDE, ESCUTEI O SINAL DA ESQUINA E VOU PERDER O MEU HORARIO PORQUE VOCE NAO ME DEIXA ENTRAR!!
entao, para piorar as coisas ainda mais, eu vejo a minha professora subir as escadas ranquilamente com o seu copinho de café.
-A MINHA PROFESSORA NEM ENTROU NA SALA AINDA!! DEIXA EU ENTRAR!
-Desculpe, não posso. São normas do cursinho.
Eu o metralhava com o olhar. Pobre coitado só estava cumprindo ordens.
E eu diante dele, analisei siatuaçoes e cheguei a conclusão que com o tamanho dele eu perderia na força. Joguei a minha mochila no sofá da recepção e saí pra rua. Andando na calçada assim que saí ví meu amigo Pedrão, olhei pra ele com uma cara de cachorrinho sem dono e quando vi ja tinha me jogado pra cima dele me debulhando em lágrimas. Ele intacto no chão sem entender nada, e eu lá molhando todo o ombro dele soluãndo "o Ed não deixou eu entrar... e .. eu tinha chegado so alguns segundos atrasada.. e .. eu corri tanto!! e..."
Ele olhou a minha cara toda chorosa e me disse cinicamente: "por favor, me diga que isso é TPM".
começamos a rir entao e a minha crise passou. francamente, ser mulher é uma coisinha bem complicada. Tenho pena dos homens que aguentam a gente nessa fase.
Meu namorado esses dias então, se pudesse me estrangular com o fio do telefone ele não pensaria nem duas vezes. Aposto que ele deu graças a Deus por tar bem longe de mim la no Rio de Janeiro.

A gente faz umas coisas bem anormais nessa fase mesmo. Uma amiga minha comeu 100 empadinhas. Isso mesmo, cem, em um dia só. Eu mesma, ontem a tarde comi 50 pães de queijo e saí de pijama na rua so pra comprar 3 pacotes de biscoito recheado que comi vendo um filme só. Um filme que ja assisti trocentas vezes e chorei que nem um bebê no final.
Mal consegui estudar esse final de semana porque ficava me distraindo toda hora com coisas inuteis, gritei da janela do meu apartamento pros vizinhos que passaram e deixaram o portao aberto e a porra do alarme irritante ficou tocando meia hora na minha cabeça.
Comecei entao a relembrar alguns fatos da minha vida e fiz umas continhas no meu calendario menstrual, pra ver se todas as merdas que eu tinha feito, eu fiz no meu periodo crítico e insano pré-mensrual. SURPRESA! a maioria de todas as grandes e pequenas merdas que ja fiz na minha vida, caíram coincidenemente no meu periodo de TPM.
Merdas como fugir de casa aos 13 anos para ir a uma boate com os amigos. (ah, se me lembro bem, este unico feito da minha pessoa me custou 7 vidas encarnadas, e um pecado pelo qual pago até hoje dentro de casa).
Enfim.
Um site chamado Clube da TPM explica que há vários tipos de TPM. Tipo A, Irritação, tipo C, Dor de cabeça e loucura por doces, tipo H, retenção de líquidos; tipo D, depressão, choro fácil…Aí eu descobri que o meu tipo é ABCDEFGHIJK.
A unica coisa boa que tirei disso tudo quando fui pesquisar, é que ao contrario do que muitos pensam, chocolate é uma ótima opçao nessa fase. Parece que tem uma substancia que nos leva ao êxtase puro e nos ocupa de algo para que fiquemos mais relaxadas. Eu resolvi ficar com essa opção.
Aiai... Hoje é um belo dia para sentar, comer chocolate e esperar pela minha menstruação.

sexta-feira, maio 15, 2009

Curriculum: Formação Acadêmica de Cinismo (FAC), e Tecnicas Estratégicas de Falsidade (TEF)


Vocês ja repararam como são os atendentes das lojas de roupas hoje em dia?

Aliás, não só em lojas de roupas, pode ser de sapato, oculos, maquiagem ou whatever. O importante é que quando se trata de beleza exterior, o cliente deve ser tratado com toda atenção, carinho, e é claro respeito. Mas o mais importante é ter aquele diploma de puxa-saquismo na mão e bajular o cliente como se ele fosse o ser mais poderoso, bonito e elegante do mundo.
Sempre entramos na loja, seja pra olhar ou pra realmente comprar algo, com aquele sentimento de diminuição, ao olharmos para todas aquelas roupas lindas e caras nas vitrines e nos cabides, desejando que estivessem todas no nosso guarda-roupa.
Você começa a desprezar o que tem em casa, sente vergonha até pelas roupas que você tá na corpo, que nem são tao ruíns assim, mas é claro que as do manequim são melhores.
Acho que isso se deve ao fato de você ja entrar nas lojas (principalmente nas de griffe), com a auto estima la em baixo, só de olhar pras vendedoras. Todas parecem ter saído de um desfile de moda, super maquiadas e de salto alto, sempre com aquele sorriso enorme e branco, símpaticas, prontíssimas ao seu dispôr. As atendentes sempre usam as roupas da própria loja, o que já acentua mais ainda a beleza delas e lhe induz a comprar o que ela está vestindo, com a doce ilusão de que voce vai ficar tão bonita quanto ela ficou com a roupa.
Nessa semana, fiz o favor de ir com um amigo meu ao shopping mais caro da cidade, na proposta de ajuda-lo com o presente de dia dos namorados para a namorada dele que tinha o gosto e um corpo parecidos com os meus. Fomos á procura de um vestido que fosse bonito, de ultima moda, e cujo o custo não ultrapassaria 300 reais. Fomos á Colcci, Farm, Espaço Fashion, Osklen, Ágatha, Animale e uma séria de lojas que davam vontade de morar lá dentro, de tão confortável que você se sentia, tratado como um rei por belas atendentes, com aquela carinha de quem nem pensa na comissão.
Sim, meu amigo quase desistiu do presente e da namorada. Aliás quase desistiu foi da namorada pra dar o presente para a própria atendente.
Mas, por sorte eu estava ali para tira-lo da ilusão e faze-lo entender que elas só estavam olhando pro bolso dele e não para aquele charme de "namoradinho atencioso" que elas falavam que ele exibia.
Logo foi euzinha aqui linda e loira experimentar uma série de vestidos. (os vestidos que euuuu queria para mim, é claro. Mas que não eram pro meu bico, por enquanto.) Escolhemos um por um a dedo, mas é claro que atendente tabém tentou enfiar o dedo dela nos mostrando sempre os vestidos mais caros.
Se fosse só isso, tudo bem, ela só está fazendo o trabalho dela e pensando na comissão, mas nããão. É a falsidade AGUDA que me tirou do sério.
Fui ao provador com aqueles vestidos e quando eu saia pra mostrar pra ele como tinha ficado, a atendente já vinha me empiriquetando toda...
"ai coloca essa cabelo desse jeito que vai ficar lindo! nossa que pescoço bonito! merece um colar e eu tenho um aqui que vai ficar ótimo com esse vestido! oh, por falar nisso está faltando um salto aí! quanto você calça? peraí que eu tenho um sapato maraaaa que foi feito pra você! só um minutinho. o que? não está usando brincos? mas voce tem "orelhas" tão bonitas! estes aqui vão ficar uma graça! (... mais 15 minutos de sujestões ... ...)"
E a mulher não parava de falar. E quando eu lhe disse que o vestido não era pra mim, e sim para a anmaorada do meu amigo, ela mudou sua postura completamente e foi para o lado dele, jorrando elogios, de como ele era um bom namorado, dizendo-lhe como ela queria um HOMEM assim para ela. De repente ela acaricia os braços do meu amigo, dizendo lhe "olha ela vai amar este vestido, ainda mais se for com aquela bota alí, de couro legítimo! ela vai ficar linda, bla bla e os brincos bla bla o colar combina com tudo bla bla bla (... ... ...) "
Pobre o do meu amigo. Se eu não estivesse lá, ele teria levado tudo, hipnotizado por aquela boca que não parava de falar, e com as mãos macias no seu braço, como quem não quer nada. Tirei ele da loja o mais rapido possível, mas o mesmo aconteceu inúmeras vezes em várias outras lojas visitadas depois.
Encontramos o vestido pefeito, com nenhum outro acessorio, e á conta dos 300 reais certinhos dele. Mas só Deus sabe o que o pobre coitado teria comprado se não fosse eu lá. Provavelmente teria comprado a loja inteira, nem que tivesse que vender a propria mae e financiar o resto de seus pertences.
Aquelas vendedoras eram realmente de babar, mas falsas que dói. Eu sei exatamente os vestidos que ficaram bem e os que não ficaram, mas para elas todos ficaram perfeitos. Eu chegava na loja, dizia que estava á procura de um vestido, elas iam logo no mais caro e perguntava com aquela carinha cínica:
-A senhora é tamanho P, ou PP??
-PP? Como é que é? Não, não querida, sou um M daqueles bem rechonchudos, e se puder me trazer uns G também, só pra garantir, eu fico agradecida.
Elas, agora com aquela cara de desentendida...
-Jurava que a senhora era um P!
-Nunca serei. Jamais serei. Minha bagagem de trás não permite e nunca despistei nas sobremesas.

Felizmente todos os vestidos que escolhemos ficaram realmente muito bons, certas lojas, não precisam nem de vendedoras puxa-saco, é só colocar o vestido de certo estilista e pronto, se é bem feito, cairá muito bem e nada nem ninguem pode levantar ou abaixar a minha auto estima mais do que eu mesma.
Porque ás vezes parece que a pessoa me acha fraca demais para suportar a verdade, parece que sente pena ou que me acha débil mental. Eu tenho um bom senso, apesar de ser muito insegura. Mas se é pra dar opiniões, que sejam elas diretas e verdadeiras, e com poder de síntese!
Mas a bonitinha ficava la ensebando.
- esse vestido foi desenhado para o seu corpo!
- é mesmo? mas tá meio largo aqui desse lado...
- QUE NADA! é assim mesmo!
- é mais incomoda um pouquinho, vou ter queficar escondendo meu sutian.
- ora entao compre nosso sutian rosa choque de última moda!! voce não precisa esconder porque este aqui é um arraso!! voce viu a menina da novela das 8 usando ele no capitulo de ontem? bla bla bla...


Outro fato que aconteceu, foi hoje no shopping, de novo. Fui com mais duas amigas, sem o intuito de comprar nada, só pra ficar de bobeira no shopping mesmo, comer alguma coisinha e ir embora. Passamos na frente da loja de óculos da Chilli Beans e as meninas foram pra lá completamente hipnotizaaadas pelos vendedores da loja.
Todos pareciam modelos, olhos azuis, 2 metros de altura, o genro que mamae-pediu-a-Deus. Aparentemente não eram só os homens que caem nos encantos das atendentes, mas ás mulheres também.
Ok. Fui puxada por minhas amigas para dentro da loja, e já que estava lá, fui procurar pelo modelo de oculos Rayban Wayfarer que eu era louca. Foi apenas um segundo de distração minha, e quando olhei pra ras, lá estavam ás minhas duas amigas bobonas caindo na cilada dos atendentes.
Uma ao lado do modelo bonitão que lhe acariciava o rosto dizendo que ela tinha "traços faciais" muito bonitos e que aquele óculos (feio que doía) que ela estava no rosto, havia combinado com a beleza épica dela. (oh-oh)
Olhei para a minha outra amiga, e uma atendente tinha lhe enfiado uns óculos maiores que ela mesma, gritando para a outra atendente da loja do outro lado:
- Olha só Juliette! Se não é a "garota-mais-LINDA-que-ja-entrou-nesta-loja"?!? - puxando minha amiga de um metro e meio pelo braço, que olhava toda sorridente para a loja exibindo seus aparelhos cor-de-rosa. completamente iludida e feliz.
Eu olhava tudo aquilo bestificada. E a vendedora não parava com a bajulação.
-GATA! desce lá na praça de alimentação e se você não receber uma cantada com esse oculos em pelo menos 3 minutos, você leva ele de graça!
AH se ela tivesse tivesse falado aquilo comigo... haha eu já tinha vazado de lá com aquele óculos a muito tempo!
Foi uma luta para tira-las lá de dentro. E uma luta maior ainda para segura-las para voltarem lá na porta da loja depois.

E depois de hoje fiquei pensando em como são treinados esses vendedores para trabalhar dessa forma. Aposto que eles tem de ser assim, por causa de algum treinamento nazista que eles recebem antes de começarem a trabalhar pra valer. Daqueles que induzem o pobre coitado a tratar o consumidor com tanto rigor e bajulação que chega-se ate enjoar. Imagino que eles devem receber todos os dias clientes de todas as formas, e isso inclui aqueles clientes estúpidos e mal-educados. Deve ser bem doloroso ter que puxar-saco de alguem insuportável só pelo dinheiro do patrão.

Mas de uma coisa tive certeza: eu sou completamente imune a vendedores cínicos-falsos-ambulantes. Nunca mais caio em ciladas, e se algum dia eu tiver que trabalhar em uma loja de roupas de griffe, que eu tenha um desconto de pelo menos uns 50% nas minhas compras ;-)

domingo, maio 10, 2009

Na esperança de um domingo menos pior...

Chega o dia e a vida está tão chata
Que você pega e se mata
Dá um tiro que parece de canhão
Mas a sua sorte é tão ingrata que ele sai pela culatra
Com licença da expressão.
hoje cheguei a conclusão de que eu sou mesmo uma péssima filha, uma péssima namorada e não sou lá das melhores amigas também.
a palavra "desistir" me soa irresistívelmente encantadora.
eu quero ir embora.
feliz dias das mães.

sexta-feira, maio 08, 2009

"Everything that I am I adore, it's my heart that I need to be sure."
E agente continua, sem preocupar-mos com as consequencias que estão por vir, sejam elas boas ou ruins. De qualquer forma, eu sinto la no fundo que alguem vai sair bastante machucado nessa historia, e eu não vou conseguir me perdoar nunca. Mas toda aquela sensação que sinto já se tornaram viciantes e eu mão consigo mais parar por conta propria. Mal sabemos o tamanho do perigo que já corremos...
O único medo que tenho agora é de descobrir a farsa que sou, ou pior, descobrir que todos os meus planos e sonhos, aqueles que eu achava verdadeiros e desejava com todo o meu coração, não eram o que eu queria realmente no final das contas.
Tem horas que a gente se pergunta se tudo na vida é passageiro. Decidi viver sem planos então, melhor ter apenas uma unica meta num momento da vida e concentra-se apenas nela, e o resto torna-se consequencia. As pessoas que entram e saem são consequencias, os nossos feitos bons e ruins, serão consequencias. As escolhas que faremos pro vestibular, serão consequencias. Seguir nossos sentimentos e quebrar ou não a cara, serão consequencias, e assim por diante.
Então eu vou levando, tentando ser feliz do meu jeito e fazendo o maximo possivel pra nao machucar ninguém no final.
Mas de tanto ficar avaliando e inventando desculpas pros meus erros, descobri recentemente que mentir até pra mim mesma ficou mais fácil.

domingo, maio 03, 2009

O Diário de Bridget Jones



É simplesmente um clássico que toda mulher deve, por obrigação, ter guardado em casa, seja em dvd ou em livro. Pra assistir de bobeira, ou até melhor se for junto com um bando de amigas sem nada pra fazer, e principalmente, perfeito pra se assistir quando estiver frustrada ou puta da vida porque nada mais da certo, seja nos relacionamentos amorosos, ou profissionais ou de auto estima.
é impressionante o quanto você, enquanto mulher, se identifica com toda aquela babaquice feminina, a realidade do que nós somos, sem tirar nem por.
Desesperadas emocionalmente, com homens, amigos, peso, estudos, trabalho, competência. Preocupadas inutilmente e geralmente histéricas sem precedentes simplesmente porque algo nas nossas vidas pode ou não dar errado.
Estamos sempre preocupadas com o que os outros vão pensar, se vamos encontrar o cara certo, se devemos nos entregar no primeiro momento ou se devemos ser difíceis apenas pra nos impor melhor.
Queremos sempre ser o que não somos, e ponto final. Essa é a natureza de toda mulher.
E ao vermos um filme destes, que retrata-se uma mulher (um ícone que representa todas nós), solteira aos 33 anos, jornalista super mal sucedida, que luta de todas as maneiras possiveis e desesperadas, a ponto de elaborar planinhos e escreve-los num diário, para encontrar um namorado, emagrecer, parar de beber, parar de fumar e entre outros. Obviamente, tem "aqueles amigos", nossos amigos, que sempre tem uma resposta teórica para todos os nossos problemas.
Tudo se resume no final das contas ao nosso irreparável medo que temos de um dia ficarmos sozinhas.
E no caso da Bridget, é claro que ela encontra um namorado. E todas nós encontramos. Primeiro vem o mau caráter, o cafajeste que nos tira do sério, um Daniel Cleaver da vida, maníaco por sexo, que não se importa com ninguem a não ser ele mesmo. É por eles que nós nos apaixonamos, acreditamos que seremos uma exceção á parte das cachorras que ele sempre pegou e tratou mal na vida. Que toda aquela diversão e aventura vai se transformar num relacionamento duradouro e sério. Sonhamos abobalhadamente por um cafajeste que nos conforta sempre com as mesmas palavras fúteis, e olham pros nossos peitos, ao invés dos nossos olhos.
E então surge um Mark Darcy, um sujeito bom que acaba gostando de nós do jeito que nós somos, com nossos defeitos neuróticos, nossos kilinhos a mais, nossos ataques de histeria, de ciumes, de baixa auto estima. Esse cara, é o cara que nos coloca pra cima, nos elogia e olha nos nossos olhos, sem ser falso e pegajoso. Aquele cara que pode ate ter uma pinta de cafajeste, mas que no fundo tem olhos só pra você. E é realmente incrivel saber que é esse cara, o qual procuramos desesperadamente a vida inteira. Muitas de nós deixam de viver por causa disso, e cometemos varios erros até acharmos esse, se acharmos, é claro. Por que muitas de nós acabam jogando estes fora, sem perceber, pelo fato de estarmos tão concentradas em nós mesmas. Erramos com os mocinhos, e erramos com os vilões.
É assim que a vida se prossegue... como diz aquele ditado mesmo? A gente vai a vida toda errando com tantos, até acharmos o certo, e não errar nunca mais.

O filme da Bridget vai ser um daqueles classicos do futuro, tipo como o "Bonequinha de Luxo" da Audrey Hepburn é hoje.
E é claro que aquela cena inesquecível nunca vai sair das nossas memórias, o Hugh Grant e o Colin Firth brigando pela Bridget na neve, ao som de "it's raining man", com cacos de vidro voando junto com eles pela janela. Hahaha definitivamente, um clássico sim.