sábado, setembro 22, 2007

Ah Praça da Liberdade!

Uma das coisas que mais me fascinam em estudar no centro de Belo Horizonte, é essa praça maravilhosa que fica a um quarteirão da minha escola.
E como tem dias que eu chego faltando uns 20 minutinhos pra aula, eu venho aqui bem rapidinho, observar o movimento delicioso que essa praça tem as 7 da manhã.

E não importa como estou me sentindo no dia, ou o que aconteceu no dia anterior, o ar fresco da praça pela manhã faz eu me sentir pessoa muito melhor e ao sair, automaticamente eu ganho uma nova disposiçao e uma energia positiva bem no começo do dia.
É tudo muito natural, a praça fica no meio da bagunça da cidade, onde carros e onibus passam buzinando, aquela correria...
Mas se voce entra realmente dentro da praça, tudo isso acaba.
As flores, as esculturas, os pequenos jadins e canteiros, o barulho da agua caindo das fontes...! A praça é um aspecto de modernidade introduzindo um modelo francês.

Eu me sento no mesmo banco todos os dias, e observo a rotina matinal de cada um!
E sinceramente, nao tem coisa melhor do que observar os outros, sem fazer diferença nenhuma.
E não importa o dia que voce vier, voce sempre encontrará as mesmas situaçaos acontecendo exceto por uns minimos detalhes que se acrescentam a cada dia.

E como nesse momento estou sentada em um dos bancos, darei a voces o privilegio da sensação que tenho quando venho aqui pelas manhãs.
Ha alguns bancos pela direita, estão sentados um casal de adolescentes, cada um de uma escola diferente, provavelmente se encontrando antes da aula começar e cada um seguir o seu rumo.
Ha tambem pessoas caminhando.
Pessoas de todas as idades, caminhando ou correndo, sozinhas ou acompanhadas.
Alguns com os fones de ouvido e iPod na mão, outros simplesmente parecem que estão aqui só pra nao falar que "nao fazem exerecicios fisicos".

Ha um grupo de velhinhos, uns 6 deles que vêm por aqui simplesmente todos os dias da semana. E eu reparei porque eles passam por mim todas as vezes que venho aqui.
Já é costume, e agora eles até sorriem pra mim e me dão "Bom dia!".
E assim eles seguem andando, contado casos do trabalho, dos filhos, e rindo em alto tom.

Ha tambem os chamados "moradores da praça".
Os que dormem, levantam pela manhã, tomam banho, trocam de roupa e saem pra ganhar dinheiro durante o dia. é bem comum passar por um dos bancos e ve-los cobertos com alguma coberta esfarrapada até a cabeça.
Bem triste alias... mas fazer o que?
Eles estão bem no "jardim" da casa do governador de Minas Gerais, e se nem ELE faz nada...

Em cada ponto da praça ha grupos de pessoas diferentes.
Alguns hippies deitados na grama.
Garotos e garotas fazendo o dever de casa antes da aula começar.
Um carro da rede globo estacionado e uma reporter bonita relizando uma noticia ao vivo.
Perto do mirante, tem um grupo fazendo Muay Thai.
Pessoas se alongando nos troncos de arvore.

Uma coisa que eu acho bacana tambem, é um grupo que vai la as segundas e quartas, chamado "Grupo da Gargalhada - Brasil".

Um grupo de 20 mulheres, se reunindo na praça e fazendo coisas malucas sem sentido nenhum, gargalhando feito doidas.

Acho uma delícia, e nao tem mesmo um lugar melhor que a Praça da Liberdade pra reunir um grupo assim!



Mas, o que posso dizer?
Eu sou apenas mais uma nas milhares de pessoas que são apaixonadas pela Praça!

domingo, setembro 16, 2007

Ultimo sonho... tudo otimo.



Ela olhou para a imagem a sua frente.
Aquele céu de um azul imaculado, o sol brilhando como nunca, mas o dia estava fresco.

Chegava a ser patético o dia estar tão bonito, quando sua alma estava tão trsite e cinza quando o céu de Londres.
Ela que então observava a beleza do dia pela janela do carro voltando da escola, permitiu que sua mente voasse para bem longe...

Ele ligou pra ela, marcando de se encontrarem para ela finalmente lhe falar o que havia de tão importante para conversar.
Ele estava confuso, mas duas horas depois de desligarem o telefone foram se encontrar no lugar aonde quatro meses atrás o namoro dos dois havia acabado.
Enquanto ela descia as ruas para chegar ao local combinado, suas mão tremiam. Não sabia o que tinha pra falar mais. Sua mente dera um branco total. Nervosa, ela sentou na grama á beirada da lagoa e esperou. Suas mãos ainda tremiam.
Hoje ela ficaria sabendo se estava tudo acabado ou não.
Hoje ela saberia se dois anos ao lado dele valeram a pena ou não.
Hoje, finalmente, tudo faria sentido.

Ele chegou. Ao vê-lo se aproximar, seu coração deu um pulo gigantesco, e subitamente, tudo o que queria lhe falar voltou a sua mente.
Ela se levantou e foi em sua direção, colocou-lhe os dedos nos lábios para que não falasse nada e apenas a ouvisse.
E como se não houvesse nenhum medo de rejeição a impedindo, ela lhe disse:

“Quatro meses me fizeram perceber que minha vida sem você não tem sentido, ao te deixar partir eu vivi a minha vida normalmente, mas com aquela sensação de estar em sursis... uma sensação de que uma parte de mim estava faltando.
Eu te amo, volta pra mim.
Eu preciso de você, volta pra mim.
Perdoa-me por ter te deixado ir embora, mas seu eu não o fizesse, eu não saberia se você voltaria pra mim após te dar a liberdade que você merecia conhecer.
E eu não sei se você já encontrou outra pessoa, mas o meu amor é tão grande que eu nem me importo! Seja meu novamente e esqueça que um dia tudo foi diferente!
Você provavelmente deve estar feliz e livre agora, mas eu acredito que posso te dar ainda mais felicidade! Eu prometo tudo será diferente dessa vez, porque eu sinto que tanto eu, quanto você, amadurecemos muito mais enquanto estivemos separados... Por favor, seja meu e me deixe ser sua de novo...”

Ela parou de falar. Havia lagrimas em seus olhos. Ali ela havia posto todas as duas armas e planos de ataque á sua frente, se não desse certo, não havia mais o que pudesse oferecer.
Ele continuou a encará-la mudamente, então colocou as mãos no rosto dela, afim de enxugar as suas lagrimas.
A sensação do seu toque fez os cabelos da sua nuca se arrepiar e ela então voltou a falar:

“Eu juro, que se você falar que não me ama mais, eu desisto de tudo. Se você falar que não há mais volta, eu prometo, não voltarei a te perturbar e você vivera a sua vida livre de mim. Eu estarei triste, seca por dentro e morrerei de frio, mas finalmente chegará o dia em que você não passara mais de uma lembrança na minha vida. Se você falar que não... eu vou-me embora e não te procuro nunca mais.”

Ao vê-la voltar a chorar, ele a abraçou e beijou as lágrimas que escorriam em sua bochecha.
Ficaram assim por alguns momentos, ate que ele se afastou dela.
Sem conseguir olhar em seus olhos ele simplesmente disse:

“Porque você esta me falando isso tudo agora? Você fez a sua escolha á quatro meses atrás. Agora, todas as nossas chances acabaram.”

Ela já não conseguia parar de chorar agora. De um jeito ou de outro, agora ela já sabia como aquilo tudo iria acabar.
Só lhe restava uma pergunta:

“Então... você não me ama mais?”
E ele ficou em silencio.

Ela agora já podia ir embora, já tinha escutado tudo o que precisava.
Foi se levantando e enxugando as lagrimas que não paravam de cair. Virou-separa ele e como despedida, disse: “Não precisa responder... O seu silencio já me disse tudo.”.

Sem olhar para trás, foi andando de volta para a sua casa, ao chegar se enfiou no chão do banheiro e deixou a agua cair. “Agora acabou mesmo” disse bem baixinho para si mesma por entre as águas do chuveiro... e por ali chorou por pelo menos uma hora e meia.
Mal podia acreditar que no dia seguinte haveria aula.
As cinco da manha se levantou e voltou a sua rotina normal.
Dessa vez não falou mais do que o necessário na escola. Não queria sorrir nem contar casos dessa vez. Decidiu estudar, se possível, ainda mais do que estudava.
Não volta para casa, escutava Keep Talking no iPod.Se perguntou ate quanto tempo ficaria naquela foca.
Olhou pela janela e viu o quão patético o dia lhe parecia, todo bonito e azul, enquanto por dentro tudo parecia desmoronar.
Desceu do carro ao chegar na portaria de seu condomínio. O sol estava brilhando mas o dia estava fresco.

Foi quando retirou os fones de ouvido ao ouvir alguém lhe chamar do outro lado da rua.
Procurou quem havia lhe chamado e lá estava ele.
Ele ainda se lembrava de que ela chegava todo dia as 13:30
Ela não compreendeu o que ele fazia ali...
Foi quando ele veio, todo desajeitado em sua direção.
E antes que ela pudesse falar algo, dessa vez ele que colocou os dedos entre seus lábios.
“Eu seria louco se não te aceitasse de volta. E é claro que eu ainda te amo... e muito.”
E ao dizendo isso a beijou como se esperasse anos para fazer isso.

Ela sentiu alguém bater de leve em seu ombro. Abriu os olhos e viu que acabara adormecendo no carro de volta pra casa e agora havia chegado.
Não se lembra a que ponto havia caído no sono... provavelmente enquanto observava aquele dia pateticamente bonito.

Tudo não passara de um sonho afinal.


Escrito por: Alline as 2:00 am
Ipod tocava: 31 musicas do Cold Play

domingo, setembro 09, 2007

Essa parada de "bullying".



Bullying:
um termo de origem inglesa utilizado para descrever atos de violencia física ou psicologica intensionais e repetidos.
A palavra "bully" significa valentão, e é esse o autor das agressões á estudantes das escolas atuais. Nesse exato minuto, milhares de estudantes estão sendo violentados por outros estudantes.


O que me levou a escrever sobre isso?
Bom, pra começo de conversa, eu estudo numa escola em Belo Horizonte em que na maioria só tem riquinhos. Sim, esses mesmos: os "pitboys" "patricinhas" "boysinhos" "filinhos-de-papai" e tudo mais.
Essa nata da sociedade só sussega o faxo quando coloca o outro pra baixo, no chão.
Não adianta voce tentar se enturmar numa escola que nem a minha, se voce nao tiver bala na agulha. Sem dinheiro não dá mesmo.
Agora, se você for entrar la com um belo tenis da Adidas, uma blusa da Oakley, um iPod na mão e um boné daVon Dutch ou sei la como se chama, pode ir tranquilo porque vai achar um tanto de amigos, alias, "amissíssimos", porque quanto mais dinheiro voce tiver, mais a amizade será verdadeira.
E todo mundo sabe disso, uma cambada de hipócritas na minha opinião.

Eu fiz otimos amigos na minha escola, uma turminha que apesar de ter dinheiro, não sao um bando de futeis que nem essa galera. Mas vou logo dizendo que eles são um excessão em meio de tudos esses bullys.

A minha sorte de nao ter bullying nas minhas costas é que na verdade, e graças a Deus, minha familia nao tem nenhuma dificuldade financeira, e se eu tenho um iPod na mão é porque eu enchi MUITO o saco pra te-lo, e se minhas roupas são de marca, é porque eu acho que elas vestem melhores do que as outras... Eu não as visto só pra mostrar que "eu-visto-roupa-de-marca", e não critico os outros que nao usam. Afinal, não é da conta de ninguem.

Mas o que me chamou atençao essa semana na escola foi a professora de biologia perder um horario inteiro da sua aula passando um video pros alunos da minha sala sobre o Bullying.

Bullying: a razao do meu professor de historia ter que tirar LICENÇA no trabalho por causa de problemas serios de saúde. Extrese e depressão, talvez.
O coitado ja entrava em sala rezando e se perguntando o que é que os alunos iriam "aprontar" dessa vez. Era só ele virar as costas pra lousa que um individuo la de tras da "turminha da bagunça" joga um vidro de corretivo nas costas dele.
É ai que voce pensa no tamanho desrespeito a um cara que passou anos na faculdade estudando pra ser professor, e tem que suportar esse bando de adolescentes metidos quando vai trabalhar. Ele não é tratado como um professor, e sim como um cachorro qualquer.
É claro que é o professor que deveria manter o controle da situaçao na sala, mas nesse caso era impossivel. Os "bullys" da sala nao deixavam, e se eles zoavam, toda classe tinha que zoar tambem, se não o "zoado" vira você!

Outro exemplo na nossa sala, é um aluno, no qual nao vou nem citar o nome, mas que ta saindo da escola porque foi tão mal-tratado e excluído dos outros alunos que agora deve estar até fazendo tratamento psicológico.
Me lembro de como ele chegou no começo do ano; brincava e conversava com todos, provavelmente tentando se enturmar, e acabou sendo motivo de zoaçao.
Um garoto simples como qualquer outro, talvez por ser de uma baixa classe social, foi tambem tratado como um animal.
Era só surgir um assunto qualquer na sala que ele era apontado como o "babaca" da sala.
Ele tem ate um problema de vista serio, nao consegue enchergar direito e não ha oculos que resolva, mas mesmo assim a galera chama ele de cego, retardado e uma serie de outros nomes ofensivos.
Fui conversar com ele essa semana:

-Fiquei sabendo que voce ta saindo da escola... porquê?
(dei uma de desentendida)
-Poisé... sabe, nessa escola não tem gene humana não.

Fui saber pra que escola que ele tava indo depois, e era pra uma publica de BH, onde só tem estudantes conhecidos como "favelados", ou por assim dizer na minha escola.
E é ai que eu fico sem saber o que falar.
Ironico, o bando de "favelados" que os riquinhos nao cansam de zoar, são até mais HUMANOS que eles.

O preconceito é enorme em qualquer lugar que você vá nesse mundo, seja racial, seja o que for.
E aonde que isso tudo cresce? direto nas escolas.
É atraves do bullying que milhares de adolescentes tem cometido suicidio, mudado de escola no meio do ano, motivo de depressao, e mais outra serie de coisas que podem marcar até na vida adulta deles.
Quem nunca viu uma cena naqueles filmes americanos em que passa um valentao do tipo de futebol da escola e empurra o "nerd" na parede deixando os livros dele no chão.
Ou entao um tanto de garotinhos roubando o dinheiro de outro estudante, meninas lindas e loiras excluíndo a ruiva gordinha na hora do recreio por causa da aparencia física.

Portanto, deixo claro aqui o meu protesto contra Bullying.
Eu que nao fazia a mínima idea do que era, ate tomei vergonha na cara por descobrir que de vez enquando eu praticava sem nem saber! Seja num pequeno comentario entre uma zoaçao ou outra.
Vamos ajudar os nossos amigos.
Não faça com os outros o que você nao quer que façam contigo.
Deve se amar o proximo como se fosse a ti mesmo.

Diga não ao Bullying!


quinta-feira, setembro 06, 2007

, deus.loucura e sanidade:

Eu me cansei.cansei de estar sempre certa,
cansei e estar sempre errada.
"certa" para mim.
"errada" para eles.

Por isso que quando eu digo que sou louca, tenho certeza de que nao é o meu sarcasmo falando por mim.
Dessa vez não.
Dessa vez o meu desespero tomou conta da minha loucura.
A MINHA loucura de estar sempre certa.
A minha loucura de estar SEMPRE errada.

E será o todo poderoso Deus, quem devolverá a minha sanidade?
Talvez Deus, loucura e sanidade não poderiam estar juntos na mesma frase.

Talvez, porque nem "Deus", nem "loucura", nem "sanidade" sequer EXISTAM...

sábado, setembro 01, 2007

Tem dias, tem horas, tem vezes que CANSA!


Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou CANSADA.
Sim, casasada mesmo.

Vontade de te dizer um tanto de coisas na cara... um tanto de coisas que voce provavelmente nunca ouviu ninguem te dizer antes.
Nessa sua cara de garotão... de quem nao precisa de nada, nem de ninguem, muito menos de AMOR.
"PFF..." ate parece. A MIM voce não engana.

A inteligência sem amor, te faz perverso
A justiça sem amor, te faz implacável
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita
O êxito sem amor, te faz arrogante
A riqueza sem amor, te faz avaro
A docilidade sem amor te faz servil
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso
A beleza sem amor, te faz ridículo
A autoridade sem amor, te faz tirano
O trabalho sem amor, te faz escravo
A simplicidade sem amor, te deprecia
A oração sem amor, te faz introvertido
A lei sem amor, te escraviza
A política sem amor, te deixa egoísta
A fé sem amor te deixa fanático
A cruz sem amor se converte em tortura
E a vida sem amor... não tem sentido...


E hoje, especialmente, nao quero que você me entenda.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.