quinta-feira, julho 31, 2008

Adeus você - Los Hermanos

Adeus você,
Eu hoje vou pro lado de lá.
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar.
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar...

Adeus você,
Não venha mais me negacear...
Teu choro não me faz desistir.
Teu riso não me faz reclinar.
Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante.


E tudo acabou assim de repente.
E talvez fosse assim mesmo que tivesse que acabar.
Do nada. Numa manhã fria, recém acordada por um telefonema dele.
Fico me lembrando...
"o que será que ele tinha pra dizer?", pensei eu olhando para o celular com o escrito 'lindo' chamando.
Me recordei então da mensagem que eu tinha eviado pra ele naquela mesma madrugada para ele e então senti um calafrio. Tive o pressentimento de que aquela ligação indicaria algo muito bom ou muito ruim. Não era atôa. Um dos dois haveria de ser.

Bati o telefone com força na cama. Desliguei-o como se nunca mais fosse liga-lo novamente.
Francamente. Pra quê bancar a sentimental? Chorei sim, mas de raiva. Eu tava PUTA!
Ja chegamos nesse ponto tantas vezes. Agora eu sei. Dessa vez é diferente. Das ultimas vezes que terminávamos eu ficarrava arrasada mas logo começava a bolar 'planinhos' ridiculos para que logo pudessemos voltar. Do tipo quem sabe ligar e fingir que esta tudo bem? Ou talvez mandar uma daquelas mensagens que ele julgava 'afetuosas porém indiferentes'.
Dessa vez não faço planos.
Não vou bancar a ridícula.
Não vou me forçar esquece-lo mas também não vou me deixar levar pelos meus sentimentos. Não pretendo mudar nem um mísero fio de cabelo por causa dele.
E o mais importante: não pretendo gritar pra todo mundo dessa vez que 'acabou para sempre'.
Quantas vezes ja me ouviram dizer que 'tudo acabou de vez'? Que 'dessa vez é definitivo'?
Que coisa mais degradante.
É provável que que ninguém me leve a serio (nem mesmo meus proprios amigos).
Não faço planos e se tivesse que fazer, com certeza não seria de voltar com ele.

Caramba... com toda essa confusão de sentimentos nem me lembrei de ficar triste por nós dois.
Quando me dei conta estava lá simplesmente sentindo pena.
Sentindo pena por ele, por não ter se dado conta do quanto eu fui louca por ele... por ele não saber nem metdade do quanto eu realmente gostava dele... do quanto ele tava jogando tudo fora simplesmente por ser um desafio. Do quanto ele não quis ver que na verdade esse desafio era muito fácil... se ele quisesse ele conseguria. Ele estava desperdiçando uma pessoa que amava ele de verdade... na distância, nas dificuldades, nas diferenças, nas saudades...
Sentindo pena de mim, que senti ódio por ele quando desliguei o celular. De no fundo saber todas mentiras e esperanças falsas que ele me deu sem que ele precisasse me explicar o quanto ele foi babaca comigo esse tempo todo. Senti pena de mim por nos últimos 8 meses não ter conseguido me apaixonar por mais ninguém.
Por último, sentindo pena de nós dois e do que tinhamos. Era trise mas era o que tinhamos. Nos gostávamos mas não podíamos nos ver nem nos tocar... nós brigávamos mas eu tinha a impressão de que um completava o outro...
Era trise amar alguém tanto sem saber quando o veria ou SE o veria nvamente, mas a gente se amava. Senti pena de um namoro que tinha tudo pra dar certo se não fosse pela distância. Eu ficava revoltada com a discrepância do destino.
Novamente pena de tudo que poderíamos ter vivido juntos...

Fico olhando pros posts mais antigos do meu blog... há varias coisas eu escrevi sobre ele, quando passavamos por dificuldades ou quando terminávmos. Talvez esse post seja só mais um para a coleção. Talvez este seja o último que eu escreva sobre ele aqui.
Só que eu me sinto diferente... dessa vez eu não tenho mais um pingo de esperança e não vou mover um dedo. Esse término não foi tão atôa assim... e na verdade ele só confirmou tudo que eu já pensava.

Parece que mais uma vez acabou... A diferença é que dessa vez o amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar.

sexta-feira, julho 18, 2008

E cada segundo de lucidez é um suplício...

Engraçado essa capacidade que o ser humano tem de diminuir os outros.
Alguns se dizem ser superiores, outros se auto julgam inferioes...
Mais horrível nisso tudo, é quando as pessoas que mais te fazem mal são as que você mais ama... principalmente se for da família.
Eu sei que cada um tem seus problemas, independente da gravidade que for.
Ha algumas semanas atrás eu me lembro do estado deplorável que eu me encontrava e não podia falar pra ninguem o que tava sentindo... estar numa cama sem saber estar dormindo ou acordado. Pensando em todas as coisas ruins que acontecem ou simplesmente esquecer de todas as coisas boas já lhe ocorreram.
Eu estava mal, sem o menor desejo do impetuo de sair da minha propia cama. Nada de comida por cinco dias... E só de pensar nas coisas que teria de enfrentar quando me levantasse... mesmo que os meus problemas aos olhos dos outros fossem insignificantes, alí mesmo eu já tinha vonade de morrer. E sim, morrer.
Nunca vou me esquecer de uma pessoa que conversou comigo e me disse o seguinte:
"Cada um tem seu proprio problema, independente da dificuldade que você está passando, independente da gravidade do problema dos outros, nenhum problema é maior ou menor do que o de outra pessoa. Se você está efrentando um problema dificil nesse instante é porque você aguenta. Afinal de contas ninguem poderá resolver este problema por você a não ser você mesma."
É questão de parar de sentir piedade por si mesmo.
Pra que o sentimento de querer morrer se nós representamos a comédia da vida? Estamos mais mortos do que vivos.
A superficialidade é a única panacéia de minha latente depressão.
Depressão... haha que piada. Sinceramente, hoje em dia isso é uma piada.

E na minha vida é assim.
Tudo lá fora é um mundo cor de rosa, um verdadeiro pudim de leite condensado ou qualquer outra coisa do tipo. Até o momento que eu piso dentro da minha propria casa.
É ter de enfrentar mais 4 adultos, cada qual com uma ideia diferente.
2 deles a quem devo muito respeito, são meus pais.
Eu os amo... sim, eu os amo mais do que tudo, e eu só queria que eles vissem as coisas da forma que eu vejo... O mundo lá fora não é tão assustador quanto parece e ninguém vive o noticiário das 9.
Todo mundo aqui vive em um poço de hipocrisia.
De que serve os pais irem pra igreja, se ao chegarem em casa agem como se o que leram "amar o proximo como se fosse a ti mesmo" fosse "ama a ti mesmo e foda-se o resto".
Não digo que eles sempre ajam dessa forma, mas é assim que eu me sinto quando a minha mãe chega da igreja e chinga todo mundo da casa porque um prato estava fora da pia, grita numa altura que se dá pra ouvir de 10.000 km com a minha irmã de 5 anos que está na frente dela.
Coisas assim me tiram o prazer de morar dentro da minha propria casa.

Eu particularmente acho super comovente uma família feliz, que se dá bem, que sai pra almoçar fora nos finais de semana, que tem o prazer de compartilhar as coisas boas que acontecem na ausencia um do outro. Que dividem as tarefas dentro de casa. É tão bom quando todo mundo se dá bem, esquecendo da hierarquia das coisas pois isso já não é preciso, uma vez que todo mundo se respeita e se ama.
Não tem aquela coisa de "eu sou a sua mãe, eu posso gritar e você não".
Não tem em hipotese alguma "eu devo te criar assim porque eu fui criado dessa forma".
Não tem ninguem levantando a voz um pro outro só porque quer assistir um programa na TV.
Todo mundo se ajudando, sem chantagem. Sem segundas intenções.
Não adianta mentir.
Eu não tenho uma família sim, e sinceramente acho que nunca vou ter.
Enquanto cada aqui pensar somente em si mesmo, todo mundo vai brigar até o fim dos dias.
São conflitos de mais... ideas divergentes de mais.
Hoje tenho certeza de que sou o que sou pelo modo de como fui criada.
Eu sou assim... completamente impaciente, ja menti horrores pois era a unica solução no momento. Eu me tornei uma filha ingrata que não ajuda em porra nenhuma dentro de casa porque sempre fui criada com no mínimo 2 empregadas.
Mas eu não sou paricinha. E Deus que me livre ser assim... se eu não ajudo em nada é porque eu realmente não sei fazer nada.
Sou qualquer coisa também, menos injusta.
Desde que me entendo por gente eu coloco os sentimentos dos outros acima dos meus. E quem me conhece de verdade sabe que sou exatamente assim.
Acontece que aqui dentro de casa eu vesti uma carapaça de cinismo que eu não consigo mais retirar.
Eu queria odiar todo mundo daqui mas não consigo.
Eu só simplesmente discordo de tudo o que fazem e de tudo o que falam.
Meus pais são pessoas boas. Mas tem mente fechada. Daquelas que não tem nem uma saída. Se eles enfiam uma ideia na cabeça, absolutamente NINGUEM ha de tira-la de lá.
Eu tenho vontade de sair de casa cada vez que ouço um grito da minha mãe. Mesmo que não seja comigo.
Meu lugar, eu já sei, não é aqui.
Não sei o que será da minha vida mas já tenho um proposito traçado e vou segui-lo até o final.
Não pretendo morar em Minas Gerais... pretendo sair daqui o mais rapido possivel, e escolho o Rio de Janeiro porque é lá onde quero cursar Relações Internacionais.
Tenho uma pessoa lá tambem... e acredito que se for da vontade do destino seremos muito felizes quando estivermos juntos.
Acho a cidade maravilhosa, mas tenho certeza que meu ponto final não será lá.
Pretendo sempre crescer na vida... mas de que adianta querer voar se tem alguem lhe amarrando as asas?
Alguem lhe impedindo de viver, CRESCER, porque possui ideas e ideais diferentes dos seus.
Acho que o dever dos pais deveria ser criar e influenciar os filhos, ensinando-lhes o que ha de bom e o que ha de ruim no mundo lá fora, até completarem os 18 anos. Porque a parir daí, não importa o que eles façam, o filho sempre será responsável pelos proprios atos.
Acho que mesmo morando dentro de casa com os pais, a unica coisa que deve haver nessa relação pais-filhos é respeito. O resto é por conta dos filhos.
A quem diga que cada família tem seus problemas e tudo mais e que é tudo igual.
Mas eu discordo seriamente.
Eu nunca vi uma família como a minha.
Uma família que tem tudo pra poder viver em paz, e escolhe não viver.
Me sinto completamente deslocada da minha família. E por mais que tenhamos nossos momentos bons, eu sempre vou sentir que eu não sou o tipo de filha que eles sonharam pra ter. E quanto a isso eu não posso fazer nada.

sábado, julho 12, 2008

some friends...


Não há amizade, que por mais profunda que seja, que resista a uma série de canalhices... Mas nenhum gesto de amizade, por muito insignificante que seja, é desperdiçado.
Para elas:
vocês sabem que eu faria qualquer coisa por cada uma de vocês. eu poderia atravessar o atlântico a nado e braçadas de borboleta se algum dia vocês precisassem de mim. vocês são meu mundo, minha vida. e vocês não têm idéia de como dói saber que talvez algumas não me apoiem, e até ouvir comentários maldosos que mesmo que sem intenção, machucam. e eu fico triste em pensar como vocês mesmas se fazem mal as vezes. eu não concordo com tantos pensamentos e ações de vocês. mas longe de mim achar que eu sempre tenho razão. eu reconheço que eu erro muito, eu tenho noção disso. o diferente é que eu tenho certeza de quando eu acerto. eu sei que amor demais pode cegar, e eu consigo enxergar acima de tudo. eu só queria que vocês pudessem ver o mundo como eu vejo. eu só queria que vocês entendessem tudo. eu amo vocês, com todo o meu coração.