domingo, maio 03, 2009

O Diário de Bridget Jones



É simplesmente um clássico que toda mulher deve, por obrigação, ter guardado em casa, seja em dvd ou em livro. Pra assistir de bobeira, ou até melhor se for junto com um bando de amigas sem nada pra fazer, e principalmente, perfeito pra se assistir quando estiver frustrada ou puta da vida porque nada mais da certo, seja nos relacionamentos amorosos, ou profissionais ou de auto estima.
é impressionante o quanto você, enquanto mulher, se identifica com toda aquela babaquice feminina, a realidade do que nós somos, sem tirar nem por.
Desesperadas emocionalmente, com homens, amigos, peso, estudos, trabalho, competência. Preocupadas inutilmente e geralmente histéricas sem precedentes simplesmente porque algo nas nossas vidas pode ou não dar errado.
Estamos sempre preocupadas com o que os outros vão pensar, se vamos encontrar o cara certo, se devemos nos entregar no primeiro momento ou se devemos ser difíceis apenas pra nos impor melhor.
Queremos sempre ser o que não somos, e ponto final. Essa é a natureza de toda mulher.
E ao vermos um filme destes, que retrata-se uma mulher (um ícone que representa todas nós), solteira aos 33 anos, jornalista super mal sucedida, que luta de todas as maneiras possiveis e desesperadas, a ponto de elaborar planinhos e escreve-los num diário, para encontrar um namorado, emagrecer, parar de beber, parar de fumar e entre outros. Obviamente, tem "aqueles amigos", nossos amigos, que sempre tem uma resposta teórica para todos os nossos problemas.
Tudo se resume no final das contas ao nosso irreparável medo que temos de um dia ficarmos sozinhas.
E no caso da Bridget, é claro que ela encontra um namorado. E todas nós encontramos. Primeiro vem o mau caráter, o cafajeste que nos tira do sério, um Daniel Cleaver da vida, maníaco por sexo, que não se importa com ninguem a não ser ele mesmo. É por eles que nós nos apaixonamos, acreditamos que seremos uma exceção á parte das cachorras que ele sempre pegou e tratou mal na vida. Que toda aquela diversão e aventura vai se transformar num relacionamento duradouro e sério. Sonhamos abobalhadamente por um cafajeste que nos conforta sempre com as mesmas palavras fúteis, e olham pros nossos peitos, ao invés dos nossos olhos.
E então surge um Mark Darcy, um sujeito bom que acaba gostando de nós do jeito que nós somos, com nossos defeitos neuróticos, nossos kilinhos a mais, nossos ataques de histeria, de ciumes, de baixa auto estima. Esse cara, é o cara que nos coloca pra cima, nos elogia e olha nos nossos olhos, sem ser falso e pegajoso. Aquele cara que pode ate ter uma pinta de cafajeste, mas que no fundo tem olhos só pra você. E é realmente incrivel saber que é esse cara, o qual procuramos desesperadamente a vida inteira. Muitas de nós deixam de viver por causa disso, e cometemos varios erros até acharmos esse, se acharmos, é claro. Por que muitas de nós acabam jogando estes fora, sem perceber, pelo fato de estarmos tão concentradas em nós mesmas. Erramos com os mocinhos, e erramos com os vilões.
É assim que a vida se prossegue... como diz aquele ditado mesmo? A gente vai a vida toda errando com tantos, até acharmos o certo, e não errar nunca mais.

O filme da Bridget vai ser um daqueles classicos do futuro, tipo como o "Bonequinha de Luxo" da Audrey Hepburn é hoje.
E é claro que aquela cena inesquecível nunca vai sair das nossas memórias, o Hugh Grant e o Colin Firth brigando pela Bridget na neve, ao som de "it's raining man", com cacos de vidro voando junto com eles pela janela. Hahaha definitivamente, um clássico sim.