
Sabe, as vezes eu tenho vergonha de ser da minha familia.
é serio, eu os amo, agente briga de mais, e principalmente a FAMILIA briga em si de mais...
é gente brigado dalí... a tia abraçando a mae cheia de amores e quando a outra vira as costas dalhe a fofoca... "ai, ela tava meio gordinha quando eu abracei sabe...?".
Enfim.... eu acho que pelas partes da minha familia serem muito muito diferentes uma da outra que esses choques e faiscas acontecem. (pera, na verdade nao porque irmao briga com irmao entao... ah fodas.)
O que eu me sinto mal em reaçao a minha familia é o fato de como cada um resolve as coisas... (inclusive eu as vezes). Sabe? briga aqui e briga ali... cabeça da irma de 3 anos rolando a escada abaixo, papai chamando o meu irmao de vagabundo porque paga a faculdade e ele nao estuda, mamae me mandando lavar alouça (e eu freca que da dó) começo a falar sobre os direitos feministas e bla bla bla...
Eu fui para os Estados Unidos a exatamente um ano atras, no final de 2006, para ficar longe um pouco da minha familia em geral, achei que ia fazer bem a todo mundo se eu ficasse fora por uns tempos (ja que como eles diziam eu era o motivo de todas as brigas) e apesar de tudo eu queria mesmo ir... tomar rumos novos, amadurecer um pouco...
So nao sabia que ia ter que
sofrer tanto pra ter que amadurecer... porque puta que pariu viu?! Eu entrei em depressao... e 2006 inteiro que eu estava la tive momentos muito bons mas eu sofri que nem uma pobre condenada.
De saudade... de falta de amor, de carinho, dos eu te amo's, da minha cama no brasil, das amigas, de ate mesmo da familia briguenta (senti bastante saudade deles viu... ainda nem sei explicar) mas senti saudade principalmente do meu namorado, com o qual eu vivia feliz e triste num namoro condenado viciado numa tela de computador a distancia.
Ele foi sim, quem me deu
mais felicidade, mais força, mais amor, mais calor, e mais dor do que qualquer outra pessoa nos estados unidos ou no brasil.
Quando fui pra la a gente tinha 5 meses de namoro, namoramos mais 7 meses a distancia... e agora vivemos com um ano e meio nas costas.
Estavamos conversando sobre isso no telefone ontem... por faz uns 6 meses que eu voltei dos estados unidos... e nunca mais tocamos no assunto de quando eu estava la... nem um "lembra aquela vez no computador em que..." nada. zip.
E acho que nunca tocamos no assunto porque isso foi uma fase na nossa vida que doeu DEMAIS. A questao da saudade... dos amor que aumentava e diminuía a cada dia, das desconfianças das brigas...
tudo aquilo doía de mais.
Claro que quando voltei tudo foi um mar de rosas... tava tudo lindo e maravilhoso... ate passarem os primeiros meses e o mar de rosas se tornar um mar cheio é de espinhos malignos e venenozos. Muitos problemas aconteceram... nem citarei porque seria uma looonga historia e isso aqui nao é um livro, nao é mesmo? ;-)
O que da pra explicar é que houve uma interferencia muito grande da minha familia... e hoje eu sei que se eu tivesse resolvido o
meu problema sozinha com ele... tudo de ruim que aconteceu, nao teria existido...
E é por essas e muitas outras que as vezes sinto vergonha da minha familia...
sei que no fundo eles queria ajudar... se sentiram responsaveis, mas eles acabaram se metendo
demais.E isso que minha familia tem mudar... a questao da independencia, da solidariedade, de ver o problema dos outros com carinho e nao com maldade.
Agradeço muitas coisas aos meus pais... eu amo eles e acho que nao existiriam melhores pais para mim, mas do mesmo jeito que que agradeço e amo eles, eu dispenso varias coisas dentro de mim que vem deles... com amargura e um pequeno odio angustiado aqui dentro.
well well... achei que passei a idea que queira de minha familia.
and remember that its all relative!